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segunda-feira, 3 de março, 2025
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Campo Grande registra sexto feminicídio de 2025; mulher foi agredida e teve corpo queimado

A morte de Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, pode ter sido motivada por uma discussão com o então namorado, Jeferson Nunes Ramos, conforme apontam as investigações preliminares da polícia. O crime, ocorrido na tarde deste sábado (1º), em Campo Grande, foi registrado como feminicídio, tornando-se o sexto caso do tipo em Mato Grosso do Sul em 2025.

Segundo o boletim de ocorrência, o casal se desentendeu em uma residência localizada na Rua Filipinas, no bairro Aero Rancho. Quando a equipe do 10º Batalhão da Polícia Militar chegou ao local, o autor já estava contido por populares.

Sobrinhos de Jeferson disseram à polícia que o homem confessou ter agredido Giseli após a vítima lhe desferir três tapas no rosto. Em resposta, ele jogou uma pedra na cabeça da mulher, que ficou desacordada. Na sequência, o corpo foi colocado em um poço desativado e incendiado. A dinâmica exata dos fatos e o tipo de combustível utilizado para provocar as chamas ainda não foram revelados.

Campo Grande registra sexto feminicídio de 2025; mulher foi agredida e teve corpo queimado

Testemunhas relataram que as brigas entre o casal eram frequentes e que ambos seriam usuários de drogas. O local foi isolado para a realização da perícia criminal, e o Corpo de Bombeiros auxiliou na retirada do corpo, que estava parcialmente carbonizado.

A delegada Patrícia Peixoto Abranches, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), atendeu a ocorrência e acompanhou os procedimentos. Jeferson foi levado à Deam, onde ficou algemado por ter resistido à prisão. Ele apresentava lesões superficiais nos pés, que alegou terem sido causadas por trabalho anterior.

O caso foi registrado como homicídio qualificado com emprego de fogo, tortura na forma tentada, violência doméstica e feminicídio.

Campo Grande registra sexto feminicídio de 2025; mulher foi agredida e teve corpo queimado

Feminicídios em MS

Giseli Cristina Oliskowiski, que era dentista, é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2025. O primeiro caso ocorreu em 1º de fevereiro, em Caarapó, quando Karin Corin, de 29 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, que também assassinou a amiga da vítima antes de cometer suicídio.

No dia 18 de fevereiro, Juliana Dominguez, de 28 anos, foi morta a golpes de foice em Caarapó, supostamente pelo companheiro, que acabou preso no dia seguinte.

A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi assassinada pelo ex-noivo em 12 de fevereiro, horas após solicitar uma medida protetiva.

Em 22 de fevereiro, Mirieli Santos, de 26 anos, foi baleada pelo ex-marido em Água Clara. O autor fugiu após levar a vítima ao hospital.

No dia 24 de fevereiro, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi encontrada morta em uma quitinete em Juti. O autor foi preso em flagrante enquanto tentava fugir pela BR-163.

A série de crimes evidencia a necessidade de reforço nas políticas de prevenção e combate à violência contra a mulher no estado.

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