05/03/2015 09h30
Caminhoneiros fazem buzinaço na Esplanada dos Ministérios
Os 50 caminhoneiros acampados no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha, na região central de Brasília, fizeram, no fim da tarde desta quarta-feira (4), carreata em direção à Esplanada dos Ministérios.
Eles passaram buzinando em frente ao Congresso Nacional e voltaram para o estacionamento do estádio. A maior parte deles já retornou a seus estados, principalmente Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
A carreata ocorreu após uma comissão de caminhoneiros se reunir com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. No encontro, os caminhoneiros entregaram ao ministro temas a serem tratados em reunião marcada para a próxima terça-feira (10), com a coordenação do Ministério dos Transportes. A prioridade do debate será a criação da tabela referencial de frete.
“A carreata simbolizou uma mistura de satisfação e de alerta. O objetivo é que, no dia 10, tenhamos uma reunião bastante produtiva e que encaminhe definitivamente soluções para nossos problemas. Estou esperançoso de que possamos promover melhoria na vida do transportador”, disse Carlos Litti Dahmer, coordenador da comissão de caminhoneiros.
A maior parte dos caminhoneiros que estiveram a Brasília não está ligada às transportadoras. Além da criação de uma tabela mínima de frete, eles pedem a abertura de uma linha de crédito especial para transportadores autônomos e reserva de mercadoria de propriedade do governo sem intermediação de transportadoras, por meio de cooperativas.
A Polícia Rodoviára Federal informou que não há mais pontos de bloqueios nas rodovias federais. O fim das interdições ocorreu após a presidenta Dilma Rousseff sancionar, na segunda-feira (2), a Lei dos Caminhoneiros.
O texto, que passa a vigorar em 17 de abril, isenta do pagamento de pedágio o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios, aumenta a tolerância máxima na pesagem de veículos de transporte de cargas e passageiros e converte penas de multa por excesso de peso em penas de advertência.
Com informações Terra