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sexta-feira, 21 de março, 2025
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Robinho completa um ano na prisão após condenação por estupro coletivo

Ex-jogador cumpre pena em Tremembé (SP) desde março de 2024, condenado a 9 anos por crime cometido em 2013 na Itália

O ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, completa nesta sexta-feira (21) um ano de prisão na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo.

Robinho foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por estupro coletivo, crime ocorrido em 2013, em uma boate de Milão, contra uma mulher albanesa. Ele foi preso em março de 2024 e, desde então, sua defesa busca reverter a situação.

A prisão em Santos e a decisão do STJ

Robinho foi preso pela Polícia Federal em 21 de março do ano passado, em seu apartamento, no bairro Aparecida, em Santos, no litoral sul de São Paulo.

A prisão ocorreu um dia após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidir, por 9 votos a 2, homologar a sentença da Justiça italiana e determinar o cumprimento imediato da pena no Brasil.

O crime pelo qual o ex-jogador foi condenado aconteceu em janeiro de 2013, na boate Sio Café, em Milão.

O início da pena em Tremembé

Robinho completa um ano na prisão após condenação por estupro coletivo
Pavilhão 1 da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de SP, onde Robinho está preso desde março de 2024Reprodução/Defensoria Pública de São Paulo

Ao ingressar na P2 de Tremembé, conhecida como o “presídio dos famosos”, Robinho passou os primeiros dez dias em isolamento. Ele ficou sozinho em uma cela de cerca de oito metros quadrados.

O período serviu para adaptação e avaliações pela equipe penitenciária, com atividades, como banho de sol, realizadas separadamente dos demais detentos.

Após o isolamento, ele foi transferido para uma cela comum, compartilhada com outro detento, e passou a ter direito a visitas.

Rotina prisional: futebol e curso profissionalizante

Na convivência com os demais presos, Robinho retomou o futebol, esporte que o consagrou, e começou a frequentar a academia ao ar livre da penitenciária.

Entre abril e setembro de 2024, ele concluiu um curso de “Eletrônica Básica, Rádio e TV”, com 600 horas, na modalidade de ensino a distância (EAD), oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB).

Com o diploma do curso, a defesa do ex-jogador pediu, em janeiro deste ano, a redução de 50 dias da pena, aproveitando a lei de remição, que abate um dia de pena a cada 12 horas de estudo. O pedido aguarda análise judicial.

Tentativas de liberdade no STF

A defesa de Robinho apresentou dois pedidos de Habeas Corpus ao STF (Supremo Tribunal Federal). Os advogados contestaram a legalidade da prisão do ex-jogador e pediram para que ele ficasse em liberdade até o esgotamento dos recursos possíveis à decisão de validação da sentença da Justiça italiana.

O primeiro deles foi apresentado logo após a determinação do STJ para o cumprimento da pena de Robinho no Brasil, em março do ano passado. O segundo, quando o tribunal publicou os detalhes da decisão.

Em novembro, o STF rejeitou as duas solicitações, por 9 votos a 2. A análise foi feita no plenário virtual do Supremo, e todos os 11 ministros votaram. O voto da relatoria, do ministro Luiz Fux, prevaleceu.

A defesa do ex-jogador, então, recorreu da decisão. Desde a última sexta-feira (14), o STF julga o recurso. A previsão é de que o pedido seja analisado até esta sexta.

A morte de Rudney Gomes

Na terça-feira (18), Rudney Gomes, citado no processo que levou Robinho à prisão, foi encontrado morto na área comum de um prédio em Santos. A Polícia Civil classificou o caso como suicídio.

Rudney e outros três amigos do ex-jogador — Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan — foram mencionados na investigação, mas não foram condenados, porque deixaram a Itália antes da audiência preliminar do caso, em 2016.

Robinho e Ricardo Falco, outro condenado, foram os únicos presos pelo crime. Falco cumpre pena na Penitenciária 1 (P1) de Guarulhos, na Grande São Paulo, desde 13 de junho do ano passado.

Fonte: R7

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