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sábado, 22 de março, 2025
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STF tem três votos para condenar deputada Carla Zambelli pela ‘arma na rua’

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta sexta-feira (21), o julgamento, no plenário virtual, da ação contra deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.STF tem três votos para condenar deputada Carla Zambelli pela 'arma na rua'STF tem três votos para condenar deputada Carla Zambelli pela 'arma na rua' A parlamentar já luta na Justiça Federal pela perda do atual mandato, julgado e proferido sentença por sua cassação no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de SP).

Em agosto de 2023, Zambelli virou ré no Supremo por sacar uma arma de fogo e perseguir o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

A tese de condenação já tem os votos do ministro relator do caso, Gilmar Mendes, e dos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. A parlamentar pode ser condenada a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. O voto do relator também condena Zambelli à perda do mandato em função da condenação criminal.

No voto, Gilmar Mendes argumenta que a reação armada diante de ofensas não encontra amparo no Estado Democrático de Direito.

“Ao adentrar no estabelecimento comercial com a arma em punho apontada para Luan, determinando repetidas vezes que o mesmo deitasse no chão, a ré claramente forçou-o a fazer ato contrário a sua vontade, utilizando-se da arma de fogo para subjugá-lo, mediante grave ameaça, restringindo sua liberdade momentaneamente”, afirmou Gilmar Mendes. 

STF tem três votos para condenar deputada Carla Zambelli pela 'arma na rua'
Deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) aponta arma para homem em São Paulo, as vespera do segundo turno de 2022 (Foto: Reprodução/Twitter)

Defesa

O julgamento no plenário virtual vai até sexta-feira (28). Ainda faltam os votos de oito ministros.

Em nota enviada à Agência Brasil, o advogado Daniel Bialski, representante da deputada, declarou que a defesa não conseguiu fazer sustentação oral no julgamento e que o pedido “sequer foi analisado pelo relator [Moraes]. 

Para Bialski, houve cerceamento de defesa.

“Essa seria a melhor oportunidade de evidenciar que as premissas colocadas no voto proferido estão equivocadas. Esse direito do advogado não pode ser substituído por vídeo enviado – cuja certeza de visualização pelos julgadores inexiste. Mas, apesar desse cerceamento da defesa, foram ainda enviados e despachados memoriais com os ministros para motivá-los a ter vistas e examinar minuciosamente os autos”, declarou a defesa.

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