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sábado, 19 de abril, 2025
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Mais de 27 mil mulheres já se alistaram no Serviço Militar; prazo termina em 30 de junho

Ministério da Defesa disponibilizou 1.465 vagas, distribuídas em 28 cidades de 13 estados, além do Distrito Federal

Pela primeira vez na história do Brasil, mulheres estão podendo se alistar para o Serviço Militar Inicial Feminino. A novidade, anunciada no início de 2024, já atraiu a atenção de milhares de jovens: até o dia 4 de abril, 27.511 mulheres haviam se inscrito em todo o país. As interessadas ainda têm tempo — o prazo vai até 30 de junho, com 1.500 vagas abertas para quem completa 18 anos em 2025.

A iniciativa marca uma mudança significativa na estrutura das Forças Armadas, que até então admitiam mulheres majoritariamente por meio de concursos públicos voltados a cargos técnicos ou de nível superior, como medicina, engenharia e direito.

Agora, com o novo formato, candidatas podem se alistar gratuitamente, sem exigência de formação complementar, e disputar vagas para atuar como soldados temporárias. O serviço, com duração de 12 meses, será prestado em 2026 — e, uma vez incorporadas, o cumprimento do período se torna obrigatório.

Vagas em todo o país

Nesta primeira edição do programa, o Ministério da Defesa disponibilizou 1.465 vagas em 28 cidades de 13 estados, além do Distrito Federal. São 1.010 para o Exército, 300 para a Aeronáutica e 155 para a Marinha.

Segundo o Ministério da Defesa, em Mato Grosso do Sul as vagas são para Campo Grande, Corumbá e Ladário. Há 99 vagas para serem preenchidas apenas em unidades do próprio Exército na Capital.

As candidatas aprovadas serão integradas à rotina militar com os mesmos direitos, deveres e salários dos homens. Ao final do período, recebem o Certificado de Reservista e passam à reserva não remunerada, ficando aptas a uma eventual convocação em tempos de guerra.

Etapas da seleção

O processo seletivo é composto por cinco fases: alistamento, comissão de seleção geral, designação de local para comparecimento, seleção complementar e, por fim, a incorporação.

Para serem aprovadas, as mulheres precisam atender aos critérios exigidos, como idade, peso, altura e força física. Quem desejar seguir carreira deverá, posteriormente, cursar o ensino superior e ser aprovada em concurso específico para escolas militares.

Um marco na história militar

A incorporação das mulheres à tropa representa um avanço em direção à igualdade de oportunidades, segundo o comandante do Exército, general Tomás Paiva. Durante o Dia do Exército, celebrado em 16 de abril, ele ressaltou a importância da medida.

“A partir do próximo ano, refletindo nosso compromisso com a igualdade de oportunidades, as mulheres também serão incorporadas à Força Terrestre”, afirmou o general. “A implementação do Serviço Militar Inicial Feminino reforça o alicerce da defesa de nossa nação e destaca a confiança em nossa instituição, já que cerca de 30 mil mulheres já se alistaram.”

Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, o que representa aproximadamente 10% do efetivo nacional.

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