Ex-presidente segue na UTI em hospital em Brasília, em jejum oral, não pode receber visitas e não há previsão de alta
O ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta melhora laboratorial dos marcadores inflamatórios e realizou tomografias de controle, sem evidência de complicações ou intercorrências. De acordo com boletim médico, divulgado nesta sexta-feira (18), o ex-chefe do Executivo segue em jejum oral, com sessões de fisioterapia e não há previsão de alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
“O Hospital DF Star informa que o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências. Mantém melhora laboratorial dos marcadores inflamatórios. Realizou tomografias de controle, sem evidência de complicações ou intercorrências. Segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva e com o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, diz boletim médico.
No último domingo (13), Bolsonaro fez uma cirurgia de mais de 11 horas, em um hospital particular da capital federal. O problema no intestino do ex-presidente é consequência do ataque sofrido durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG), ao ser esfaqueado na barriga. Trata-se da sétima cirurgia desde o incidente. Segundo médicos, o procedimento mais recente foi bem-sucedido, mas o ex-presidente precisa ainda dos cuidados da UTI.
De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, quando se faz uma operação deste porte, o corpo do paciente fica mais inflamado, e isso pode levar a uma série de intercorrências, exigindo monitoramento da pressão arterial e ações para possíveis infecções. Ainda segundo os médicos, Bolsonaro continua se alimentando por via venosa e, até o momento, não há previsão para que a alimentação oral seja retomada.
Na última terça-feira (15), Bolsonaro usou as redes sociais para comentar a cirurgia de laparotomia exploradora feita recentemente em um hospital particular de Brasília. Na publicação, o ex-chefe do Executivo destacou ter feito o “procedimento mais invasivo” até então, comentou a “enorme vontade de voltar a andar e trabalhar” e relatou que, neste momento, foi orientado pelos médicos a receber visitas apenas de familiares e profissionais de saúde
“Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia”, afirmou. O ex-presidente agradeceu a Deus por “mais um milagre”, ao povo brasileiro “pela fé e pelas orações” e aos familiares. “Tenho certeza de que, sem todos esses pilares, eu não teria a chance de me sentir como me sinto agora: com disposição e enorme vontade de voltar a andar e trabalhar, sempre ouvindo de perto o sentimento do povo brasileiro.”
Fonte: R7