O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, e apresenta quadro clínico estável, segundo boletim médico divulgado neste sábado (26). De acordo com a equipe médica, ele está sem febre e com pressão arterial controlada, mas ainda enfrenta complicações no processo de recuperação pós-cirúrgica.
Bolsonaro segue em tratamento para controle de alterações nos exames do fígado, que está em recuperação. O ex-presidente ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos, o que impede a alimentação por via oral ou sonda gástrica. Ele continua recebendo suporte nutricional exclusivamente por via intravenosa e realizando fisioterapia motora, além de receber medidas para prevenção de trombose venosa.
A equipe médica informou que permanece restrita a autorização para visitas e que não há previsão de alta da UTI.
Cirurgia e recuperação
Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de emergência no intestino no último dia 13 de abril, após sentir fortes dores e apresentar distensão abdominal durante um compromisso no Rio Grande do Norte. O procedimento, que durou cerca de 12 horas, foi realizado sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. Apesar do sucesso da operação, os médicos alertam que, devido à gravidade do quadro, o processo de recuperação exige vigilância contínua para evitar complicações, como infecções e variações da pressão arterial.
Durante a semana, mesmo com a recomendação médica para evitar visitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esteve no hospital para visitá-lo. Nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que apresentou melhoras significativas, com retirada dos drenos abdominais e troca do curativo da incisão cirúrgica.
Intimação no hospital
Na última quarta-feira (23), Bolsonaro foi intimado dentro da UTI sobre a abertura de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão de notificação foi tomada após o ex-presidente aparecer em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o que levou o STF a concluir que ele estava em condições de ser formalmente comunicado.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, criticou a medida, alegando que a intimação hospitalar viola o Código de Processo Penal, que veda citações a pessoas em estado grave de saúde.