16/03/2015 12h00
Escola fecha em luto e alunos se dizem chocados com execução de professor
Alunos da escola de cursos Microcamp Tecnologia estão abalados com a morte do professor Bruno Soares Santos, 29 anos, assassinado com um tiro no tórax na manhã desta segunda-feira (16). O crime ocorreu dentro da unidade da Rua Maracaju, Centro de Campo Grande. A empresa cessou as atividades e entrou em luto pela morte do colaborador.
Uma menina de 14 anos estava matriculada na escola há cerca de duas semanas e chegou logo depois que Bruno foi baleado. Ela viu a aglomeração de pessoas no local e ficou em estado de choque ao saber que o professor tinha morrido. “Fiquei muito assustada com o que aconteceu”, disse a estudante, que terá a identificação preservada, assim como os outros entrevistados.
Outra garota, da mesma idade, relatou que a vítima era uma pessoa extrovertida e que se preocupava bastante com os alunos, tanto que foi ele quem a convenceu a ingressar nas aulas de inglês. “Não entendo. Ele era uma pessoa super gente boa, muito simpático. Todos gostavam dele”, garantiu a jovem ainda muito abalada.
Um taxista de 43 anos conhecia Bruno. O homem trabalha em um ponto praticamente ao lado da escola e disse que não sabia o que se passava na vida pessoal do professor, no entanto, falava sobre assuntos cotidianos com ele diariamente. “Ele sempre sentava pra conversar com a gente do ponto, na hora de almoço. Era uma boa pessoa, bem conhecido e não tinha inimizades na região”.
Hoje, o taxista viu o tumulto e foi até a loja, onde encontrou Bruno ferido, ainda vivo. “Ele pedia água, mas não demos porque não sabíamos o que iria acontecer”.
Logo em seguida o Corpo de Bombeiros chegou para prestar socorro à vítima, porém, Bruno estava já sem vida. “Tivemos que sair de lá pra ele ser atendido. Depois vi os bombeiros saindo com a maca vazia. Uma tristeza”, completou.
Crime – O suspeito chegou ao local pouco depois das 8h e perguntou por Bruno. Ele esperou por cerca de cinco minutos, e quando a vítima se apresentou, saiu, foi até um Gol escuro estacionado próximo, pegou uma arma de fogo, voltou e atirou, fugindo rapidamente. Além de professor e técnico em informática, Bruno também trabalhava como personal trainer e era marido da jornalista Graziela Rezende. A família está em choque e garantiu não ter ideia do motivo do crime.
Com informações Campo Grande News
