27/03/2015 10h30
5 casos de pilotos que podem ter derrubado aviões intencionalmente
Na terça-feira (24), um avião da Germanwings que ia de Barcelona a Dusselford se chocou contra as montanhas dos Alpes Franceses, matando todas as 150 pessoas que estavam a bordo. A caixa-preta que grava os sons dentro da cabine da aeronave foi encontrada e, por meio dos registros recuperados, levantou-se a hipótese de que Andreas Lubitz, o copiloto de origem alemã, pode ter causado a tragédia intencionalmente.
Embora essa seja uma situação que cause muitas dúvidas e questionamentos, o mundo já assistiu a outras tragédias aéreas que, provavelmente, foram resultado da ação deliberada de um dos pilotos. Relembre agora outros 5 casos semelhantes que marcaram com tristeza a história da aviação:
- Japan Airlines — 9 de fevereiro, 1982
O piloto de um DC-8 da Japan Airlines joga sua aeronave em picado (bruscamente e de “nariz”) no momento de aterrissagem, perto de Tóquio, e cai, deixando 24 mortos. A investigação concluiu que se tratou de uma crise de “loucura suicida”.
- Royal Air Maroc — 21 de agosto, 1994
Durante um voo Agadir-Casablanca, o piloto de um ATR-42 da Royal Air Maroc jogou deliberadamente seu aparelho no chão, nas montanhas do Atlas, deixando 44 mortos. A investigação concluiu que se tratou de suicídio, baseando-se nas últimas palavras da copiloto que se espantou com o fato de o comandante de bordo fazer manobras não condizentes com a regulamentação aérea. Ele lhe teria respondido “morrer, morrer…”.
- SilkAir — 19 de dezembro, 1997
Cerca de meia hora depois de decolar de Jacarta com destino a Cingapura, um Boeing 737 da companhia SilkAir mergulha em um rio e cai perto de Palembang, na ilha de Sumatra, deixando 104 mortos. Os investigadores americanos também concluíram que o piloto se suicidou. Neste caso, as caixas-pretas foram inúteis, porque foram desligadas antes do acidente. O Escritório de Investigação da Indonésia diz que não há nada que sustente essa versão.
Adotando a tese de suicídio, a imprensa declarou que o comandante de bordo havia acabado de sofrer uma sanção disciplinar, tinha sido rebaixado e sofria com muitas dívidas.
- EgyptAir — 31 de outubro, 1999
Um Boeing 767 da EgyptAir cai no Atlântico, ao longo da costa do estado de Massachusetts (nordeste dos Estados Unidos), pouco depois de decolar de Nova York rumo ao Cairo. O episódio deixou 217 mortos.
A Agência americana de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) concluiu que se tratou do suicídio do copiloto. A análise das caixas-pretas confirmou que ele estava sozinho no comando durante uma pausa do comandante de bordo, no momento em que o avião acabava de atingir sua velocidade de cruzeiro. Segundo o gravador que registrou as conversas, o copiloto teria feito uma curta prece: “Eu me entrego a Deus”. Logo depois, o piloto automático foi acionado e o avião desceu em picado (bruscamente e de “nariz”).
As autoridades egípcias sempre refutaram essa teoria, enquanto a imprensa americana noticiou, na época, que o piloto estava com problemas financeiros.
- LAM — 29 de novembro, 2013
O piloto de um avião da companhia moçambicana LAM vira seu avião, um Embraer 190, propositadamente na direção do solo. O aparelho cai no nordeste da Namíbia. A aeronave havia decolado de Maputo, rumo à capital angolana Luanda, com 33 pessoas a bordo.
Segundo os resultados da investigação, o comandante se trancou na cabine do piloto, impedindo o copiloto de entrar, além de ignorar os sinais de alarme.
Malaysian Airlines: mais um caso?
O suicídio do piloto também foi uma das hipóteses consideradas após o desaparecimento, em março de 2014, do voo MH370 da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo. Nesse caso, os sistemas de comunicação foram deliberadamente desativados, e o aparelho mudou de rota.
FONTE(S) AFP IMAGENS DICOM / Ministère de l’interieur Wikipedia/Piet Strunk Casimages/CNCDT Wikipedia/Russavia Wikipédia/Russavia