06/03/2014 14h35 – Atualizado em 06/03/2014 14h35
Morre o conciliador do ninho tucano
Jorge Matoso
Lembro muito do então senador Sérgio Guerra na coordenação da campanha à presidência de Geraldo Alckmin, em 2006. Guerra assumiu comando do ninho tucano em um momento de dificuldades para a oposição. Nesse cenário adverso, ele se destacou como o grande conciliador do PSDB.
Naquela ocasião, Alckmin estava com dificuldades para enfrentar o favoritismo do então presidente Lula, que disputava a reeleição. Muitos tucanos abandonaram Alckmin pelo caminho. Sérgio Guerra se manteve ao lado de Alckmin em todos os momentos da disputa.
Em 2010 o cenário se repetiu. Havia disputas internas para indicar o candidato do partido. Durante a campanha, mais uma vez os tucanos enfrentaram dificuldades na disputa com a então candidata petista Dilma Rousseff. Apesar de ter sido abandonado por setores do partido, o candidato do PSDB, José Serra sempre pôde contar com a lealdade do ex-presidente da legenda Sérgio Guerra.
A capacidade de conciliação interna de Guerra foi o que o possibilitou o atual momento que vive o PSDB, com uma transição sem traumas para consolidar em 2014 o nome do senador Aécio Neves para enfrentar Dilma Rousseff nas eleições deste ano.
Sérgio Guerra não era nem de Minas e nem de São Paulo. Como pernambucano, ele conseguiu a confiança e o respeito de todas as alas tucanas.