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Após ser colocado em prisão domiciliar, chefe do PCC quebra tornozeleira e foge

Gerson Palermo foi condenado a 100 anos de prisão por tráfico internacional de drogas.

23/04/2020 07h28
Por: Redação

Horas após ser beneficiado com prisão domiciliar, por estar em grupo de risco do novo coronavírus, Gerson Palermo, 63, apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), rompeu a tornozeleira eletrônica e fugiu. Ele foi condenado a 100 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, incluíndo em seu histórico criminal, o sequestro de um avião da extinta Vasp.

A defesa de Palermo impetrou pedido de habeas corpus no último dia 20 de abril, na 1º Vara de Execução Penal de Campo Grande, alegando a situação em que o país vive a pandemia do coronavírus, pedindo para que Palermo cumprisse prisão domiciliar com uso de tornozeleira,pois tem mais de 60 anos e possui diabetes. Ele estava recolhido no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

Palermo foi beneficiado por liminar do desembargador Divoncir Scheirener Maran, durante o plantão do judiciário no feriado de Tiradentes, mas depois foi revogada pelo desembargador Jonas Hass Silva, jusificando que Palermo é considerado de alta periculosidade, alem de questionar a falta de laudo pericial médico atestando as enfermidades que corroborassem o pedido de prisão domiciliar.

Porém já era tarde, o criminoso condenado a 100 anos já havia fugido.

Segundo informções da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Palemo colocou tornozeleira eletrônica ontem (22) ao meio dia. Às 17h, foi dada a outra decisão judicial, revertendo a liminar e determinando a volta a prisão. Mas, às 20h14, a unidade de monitoramento virtual de presos identificou o rompimento da tornozeleira.

O criminoso

Gerson Palermo foi preso desde março de 2017, depois da operação operação All In realizada pela Polícia Federal e que resultou na apreensão de duas remessas de mais de 800 quilos de cocaína em Cubatão (SP) e São Paulo (SP).

Sua condenação mais reente foi em agosto de 2019. Palermo é piloto, acumula passagens pela polícia desde 1991, sendo considerado chefe e coordenador do esquema de tráfico de cocaína pela fronteira com o Paraguai.

Com bases em Mato Grosso do Sul e no Paraná, o grupo foi investigado entre abril de 2016 e março de 2017.

Após ser colocado em prisão domiciliar, chefe do PCC quebra tornozeleira e foge

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