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Eunício Oliveira diz que não pretende ser ministro, mas sim candidato ao governo

11/03/2014 08h43 – Atualizado em 11/03/2014 08h43

Eunício Oliveira diz que não pretende ser ministro, mas sim candidato

Se assumisse Integração, líder do PMDB ficaria fora da disputa no Ceará, Estado é motivo de discórdia entre PMDB e PT, que avalia apoiar PROS.

Felipe Néri – Do G1, em Brasília

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do PMDB no Senado, disse nesta segunda-feira (10) estar “à disposição” do partido para disputar mandato de governador do Ceará nas eleições deste ano. O parlamentar se reuniu nesta manhã com a presidente Dilma Rousseff e o com o vice-presidente Michel Temer para discutir o cenário eleitoral.

Nas últimas semanas, integrantes do PMDB se incomodaram com a possibilidade de Dilma Rousseff convidar Eunício para assumir o Ministério da Integração Nacional. Os correligionários do senador defendem a candidatura dele no Ceará, onde seu nome é apontado nas pesquisas com boa posição no cenário pré-eleitoral. A presidente estaria disposta a apoiar o candidato ao governo lançado pelo atual governador cearense, Cid Gomes (PROS), em vez de garantir aliança estadual com o PMDB.

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de assumir a Integração Nacional, o líder do PMDB negou. “A mim? Não, eu já defini essa posição. Já defini essa posição um pouco mais atrás. Quero me colocar à disposição do partido para uma eventual candidatura para o governo do estado”, declarou o parlamentar, dizendo estar bem posicionado em pesquisas de intenção de voto.

O senador Eunício Oliveira também negou que tenha recebido novo convite da presidente para chefiar uma das pastas da Esplanada dos Ministérios. “Não é verdade. Estou dizendo que não é verdade. Na vez anterior [quando o nome de Eunício foi cogitado] eu disse que não podia falar sobre o assunto. Hoje estou dizendo que não é verdade. Fiquei duas horas com a presidente e não ouvi isso dela”, declarou.

O parlamentar cearense disse, ainda, que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), nome definido por membros da sigla para ocupar a pasta que Dilma teria interesse em destinar a Eunício, não se posicionou ainda contrariamente ao cargo no Executivo. “Eu sou líder do PMDB e não recebi nenhum comunicado do Vital”, declarou.

Disputas nos estados
O presidente do PMDB, Valdir Raupp, informou nesta segunda que deverá se reunir na próxima quinta-feira (13) com o ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e com o presidente do PT, Rui Falcão, para definir alianças regionais do PT e do PMDB. Os rachas nos estados estão na lista de motivos da crise entre os dois principais partidos da base aliada do governo.

Segundo Raupp, há ao menos seis estados com situação em aberto pelo partido de Dilma Rousseff. As conversas do PMDB com o PT vão agora se concentrar na formação de palanques conjuntos em Goiás, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Rondônia e Tocantins.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), discursa no
plenário em novembro (Foto: Moreira Mariz/Senado)

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