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Dilma ‘não tem o direito de fugir’ dos debates eleitorais de 2014

11/03/2014 08h50 – Atualizado em 11/03/2014 08h50

Dilma ‘não tem o direito de fugir’ dos debates eleitorais, diz Campos em SP

Governador de PE também chamou coalizões de ‘balcão do fisiologismo’, ele participou de sabatina organizada pela Associação Comercial de SP.

Marcio Pinho – Do G1, em São Paulo

Potencial candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta segunda-feira (10), em São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff (PT) “não tem o direito de fugir” dos debates na TV durante a campanha eleitoral.

O pernambucano relatou que representantes de seu partido se reuniram na semana passada com veículos de comunicação e souberam que a chefe do Executivo não estaria disposta a participar de debates eleitorais.

“A presidenta da República, nós todos a respeitamos e a prezamos como pessoa, mas ela não tem o direito de fugir do debate”, enfatizou. “Todos os sinais que a gente percebe são tentativas de fugir do debate sobre o futuro do Brasil”, complementou o governador pernambucano, durante palestra na Associação Comercial de São Paulo.

Questionado se Dilma não estaria interessada em participar de debates por liderar as pesquisas, Campos afirmou que não o motivo não “deve” ser esse. Ele citou a si próprio como exemplo e disse que, quando tinha 80% da preferência nas pesquisas para o governo de Pernambuco, ainda assim comparecia aos debates.

“Não deve ser por isso, porque eu liderei as pesquisas [ao governo de Pernambuco], tinha 80% e fui a todos os debates” disse.

Campos disse que, em 2010, ano em que Dilma foi eleita, questões importantes para o país ficaram em segundo plano, enquanto temas relacionados à religião acabaram monopolizando a pauta. “Vão tentar interditar o debate em 2014 no Brasil. Se foi grave em 2010, será ainda mais grave em 2014″, opinou.

Coalizão
Apesar de sua administração ser apoiada por 14 partidos, o governador de Pernambuco criticou o presidencialismo de coalizão. Na visão de Eduardo Campos, as coalizões são responsáveis pelo “balcão do fisiologismo da distribuição dos cargos por minuto de televisão”.

Questionado por jornalistas sobre o fato de ele mesmo ser sustentado por uma ampla coalizão no estado de Pernambuco, Campos disse que “há diferença” entre as duas situações. Ele argumentou que seu governo tem um programa, políticas foram executadas e o resultado foi aprovado por parte da população.

Eduardo Campos foi o primeiro presidenciável a comparecer à sabatina da Associação Comercial de São Paulo. O senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB, e a presidente Dilma Rousseff também serão convidados a falar aos empresários. A associação entregará a Campos um estudo com sugestões para uma reforma tributária.

O presidente do PSB e governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, participa de evento na Associação
Comercial de SP (Foto: Marcio Pinho / G1)

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