A Câmara Municipal de Campo Grande reafirmou seu papel como espaço de debates e seu compromisso com o bem-estar da população ao instaurar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público. Com centenas de reclamações diárias de usuários dos ônibus do Consórcio Guaicurus, os vereadores da atual legislatura se empenharam para apresentar um fato determinado bem fundamentado, viabilizando o início de uma investigação que será conduzida com transparência e responsabilidade na Casa de Leis.
A última CPI instaurada na Câmara Municipal foi a do Táxi, em 2017. Desde então, dez tentativas de abertura de CPIs foram feitas, não chegando a ser instaladas. Agora, oito anos depois, a Câmara retoma seu papel investigativo para apurar a qualidade do serviço de transporte público oferecido à população campo-grandense.
O presidente da Casa de Leis, vereador Epaminondas Neto, o Papy, celebrou a abertura da CPI, destacando seu papel na fiscalização do serviço de transporte público urbano. “Como presidente, vou dar suporte aos cinco membros da Comissão. Cada um terá suas responsabilidades e trabalhará para fornecer respostas ao cidadão. Essa é uma CPI a favor da cidade e das pessoas”, afirmou Papy.
A CPI, composta pelos vereadores Dr. Lívio (presidente), Ana Portela (relatora), Júnior Coringa, Luiza Ribeiro e Maicon Nogueira, tem até julho para concluir as investigações sobre a idade média da frota do consórcio, o equilíbrio financeiro contratual e a fiscalização do serviço por parte da Prefeitura.
O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio, ressaltou a articulação dos vereadores que possibilitou a instalação da Comissão. “Temos que comemorar, pois esse era um clamor da população. É fundamental que a Câmara atue como mediadora nessa situação que envolve o Consórcio, a Prefeitura e, principalmente, os campo-grandenses, que pagam caro por um serviço que deixa muito a desejar”, ponderou Dr. Lívio.
A vereadora Ana Portela destacou os principais pontos de investigação da CPI, como a questão da frota, a qualidade do serviço, a morosidade do serviço. “Nós vamos fazer visitas in loco, vamos trazer também pessoas técnicas para poder dar esse parecer e é importante a gente ressaltar que todo esse grupo vai caminhar junto, para trazer esse retorno dessa investigação da forma que a população tanto espera”, ressaltou.
Canal de denúncias – Além de atender ao clamor social com a instalação da CPI do Transporte Público, a Câmara Municipal também disponibilizou canais para receber reclamações e denúncias dos cidadãos. Os usuários podem entrar em contato pelo WhatsApp (67) 3316-1514, pelo e-mail [email protected] ou por meio do formulário disponível no site oficial da Casa de Leis.
“Sou a favor da população que utiliza o transporte público. A Ouvidoria foi criada para que as pessoas possam se manifestar e fazer suas denúncias. Quanto maior for o debate, melhor para a população. O Consórcio precisa prestar esclarecimentos, vir à Câmara para apresentar informações e explicar os problemas do serviço, a falta de renovação da frota e a ausência de investimentos. A Câmara está comprometida em dar respostas à população”, finalizou Papy.