A 6º Delegacia de Polícia Civil está investigando a tentativa de duplo homicídio ocorrida na tarde desta segunda-feira (25) na Vila Fernanda, em Campo Grande. De acordo com as primeiras informações, uma das vítimas, de 16 anos, seria o responsável por um assassinato ocorrido há seis dias no Portal Caiobá. Para os policiais, o crime pode se tratar de vingança.
O atentado aconteceu na Rua Francisco Antônio de Souza. O adolescente de 16 anos estava junto de um primo, de 17, em uma motocicleta quando foram surpreendidos pelos atiradores no meio da rua. O garoto de 16 anos levou três tiros e caiu na calçada enquanto que o primo conseguiu correr para a sua casa, naquelas imediações.
Os dois foram socorridos e encaminhados para a Santa Casa, sendo que o garoto de 16 anos está em estado grave. Segundo a Santa Casa, ele sofreu disparos na cervical, tórax, dorso e boca. Já o outro adolescente, de 17 anos, sofreu um tiro de raspão e está consciente.
Adolescente seria chefe de quadrilha
O garoto de 16 anos é investigado pelo assassinato de Carlos André Isidio Acosta, de 21 anos, morto com um tipo no peito na noite de terça-feira (19) em frente de sua casa na Rua Gildete Chaves Feijo. O menor chegou a ser apreendido, mas foi ouvido e liberado porque já havia passado o tempo do flagrante. O comparsa dele neste crime, que estaria pilotando a moto, está preso.
Carlos chegou a ser socorrido com vida pelos próprios familiares, mas não resistiu e morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Coophavilla.
De acordo com o GOI (Grupo de Operações e Investigações), os dois seriam comparsas em um esquema de furto de veículos FIAT Uno, mas teriam entrado em desavença. Após a briga, o menor passou a ameaçar o ex-parceiro, antes de finalmente matá-lo.
O adolescente seria o chefe da quadrlha que roubava os veículos. Ele tem uma longa ficha criminal, mas a principal ocorrência foi em outubro de 2021, quando foi apreendido por envolvimento em desmanche de veículos furtados. Várias partes de veículos foram encontradas em oficinas nos bairros Nhanhá e Caiobá. Ele acabou solto logo em seguida.
Naquele mesmo ano, mas no mês de dezembro, ele atropelou mãe e filha, de 47 e 14 anos, mas não respondeu judicialmente. Contra o menor há ainda uma série de denúncias apontado para ameaças e intimidações praticadas no bairro em que mora. Testemunhas dizem que ele tem o costume de andar armado.
