A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) deflagrou na manhã desta segunda-feira (16), a Operação Mute, contra o uso de celulares, em presídios do interior do Estado e também em Campo Grande.
Sob orientação da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), por meio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) está realizando a Operação que foi desencadeada em todos os estados brasileiros, com o objetivo de diminuir os índices de crimes violentos no País.
A operação teve início às 7h30 e envolve a participação de policiais penais dos presídios, Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp), além do apoio da Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) da Sejusp, com sobrevoo de estabelecimentos penais da capital.
Em Mato Grosso do Sul, a Operação Mute é coordenada pela Gerência de Inteligência e Diretoria de Operações da Agepen.
Apesar da vigilância regular, a presença de telefones celulares dentro das prisões não é incomum.
No último sábado (14), uma mulher de 56 anos, mãe de um jovem de 28 anos detido por furto, foi encaminhada à delegacia após tentar introduzir seis telefones celulares, um carregador, dois recipientes contendo bebida alcoólica e seis bonés no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG).
As facções criminosos utilizama destes aparelhos, dentro dos presídios, para ordenarem crimes graves nas ruas, a exemplo dos chamados “tribunais do crime”.
No ano passado, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul recomendou a instalação de bloqueadores em unidades prisionais de Dourados devido a uma estatística alarmante: somente em dois presídios da cidade, localizada a 226 quilômetros de Campo Grande, eram confiscados 500 celulares a cada 30 dias.
