A recente alta no preço dos ovos tem gerado debates e sido destaque na imprensa desde a semana passada. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o aumento nos valores é um fenômeno sazonal, especialmente comum no período que antecede e ocorre durante a Páscoa, quando há uma maior substituição do consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e ovos.
Além da demanda maior, os custos de produção também pesam na escalada dos preços. A ABPA informa que, nos últimos oito meses, o preço do milho – principal insumo da alimentação das aves – subiu 30%, enquanto os custos com embalagens mais que dobraram. Além disso, as temperaturas elevadas registradas recentemente impactam diretamente a produtividade das aves, reduzindo a oferta de ovos no mercado.
Mesmo com o crescimento das exportações do produto, a entidade reforça que isso não afeta significativamente a oferta interna. Os embarques representam menos de 1% da produção nacional, estimada em 59 bilhões de unidades neste ano. Esse volume deve garantir um consumo per capita de 272 ovos anuais no Brasil, número superior à média mundial.
Diante desse cenário, a expectativa é de que os preços se estabilizem após o período de maior demanda, seguindo o comportamento sazonal do mercado.