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quinta-feira, 21 de novembro, 2024
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Alunos da Escola Sesi inovam com projeto para converter ilhas de calor nas cidades em energia

Ondas de calor em série, fenômenos climáticos extremos, temperaturas até 5 graus mais altas do que a média. As mudanças climáticas no Brasil têm dominado as discussões na sociedade. Diante do desafio de enfrentar as consequências dessas transformações, alunos da Escola Sesi se destacam com projetos que podem complementar as fontes de energia tradicionais e melhorar a vida nas áreas urbanas.

Um dos projetos mais ambiciosos envolve o aproveitamento das “ilhas de calor” urbanas — fenômenos comuns em grandes cidades, onde a temperatura é mais elevada em certas áreas devido à concentração de concreto e asfalto. A partir da identificação desses focos de calor, estudantes desenvolvem uma forma de captar essa energia térmica e convertê-la em eletricidade. 

O objetivo é criar uma solução que complemente a energia solar, potencializando o uso de fontes renováveis no ambiente urbano, como explica o professor Leandro Félix, orientador do projeto.

“Esse tipo de energia seria usado para alimentar circuitos mais simples, já que, por enquanto, não tem a capacidade de fornecer energia para uma casa inteira. Mesmo assim, os primeiros resultados indicam que o protótipo pode armazenar a energia gerada, o que abre portas para futuras aplicações em grande escala”.

Os alunos responsáveis pela pesquisa, Isabelly Gianini, Vitória, Mallu, Yasmim e Dueck, do 2º e 3º anos do ensino médio, são coordenados pelos professores Leandro Félix e Lilian Resende.

“Uma dificuldade que a gente teve foi ver como iríamos transformar calor em energia sem uma fonte elétrica ligada. Estudamos e encontramos um efeito que nos permite fazer essa conversão em um protótipo”, explica Isabelly, do 3º ano. 

A solução proposta utiliza um dispositivo experimental capaz de transformar o calor acumulado nas ilhas de calor em uma corrente elétrica. A ideia, ainda em fase de testes, busca viabilizar o uso dessa energia em circuitos simples, como tomadas, o que seria uma ajuda considerável, especialmente em áreas com maior incidência de calor.

Imagens de satélite mostram expansão das placas solares na capital

Outro projeto da turma de iniciação científica da Escola Sesi também chama a atenção. Utilizando a plataforma Google Earth, os estudantes estão mapeando o avanço das placas solares em três áreas de Campo Grande ao longo das últimas duas décadas. Essa metodologia de geoidentificação permite visualizar a expansão do uso de energia solar na capital, além de oferecer informações valiosas.

“Com o Google Earth, conseguimos especializar os pontos de estudo de forma dinâmica, o que pode ajudar tanto o poder público quanto privado a identificar padrões, tanto cronológicos quanto socioeconômicos, das regiões”, comenta a aluna Vitória Tavares, participante da pesquisa.

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