25/01/2015 15h00
Após morte, moradores pedem faixa de pedestres na rua 13 de maio
Campo Grande News
Após a morte de Alcides Ângelo da Silva, 77 anos, que foi atropelado por uma motocicleta na manhã de quarta-feira (21), quando atravessou a Rua 13 de maio, já na altura do Bairro São Francisco, moradores e comerciantes da região pedem que sejam instaladas faixas de pedestres. O movimento de pessoas é grande no local, por que o CEM (Centro de Especialidades Médicas de Campo Grande) fica bem próximo.
Conforme o taxista Edvaldo Alvez de Almeida, 64 anos, que trabalha há 10 na Rua 13 de maio, os condutores trafegam em alta velocidade pela via. “Os motoristas dirigem a 80 quilômetros por hora por aqui. Já pedimos aos vereadores a instalação de faixas de pedestres, mas até agora nada foi feito”, comentou.
O taxista também citou uma infração de trânsito bem comum no local, que acaba aumentando o risco de acidentes. “Os motoristas saem da Rua Guia Lopes, onde fica o CEM, atravessam a 13 de Maio e estacionam na Rua Cristina. O problema é que essa manobra é proibida por aqui”, destacou.
O auxiliar administrativo Murilo Cardoso, 18, sempre traz a mãe Margarete Cardoso, 46, para fazer tratamento psiquiátrico no CEM. Para ele a solução seria a instalação de mecanismos eletrônicos que impedissem os motoristas de trafegaram em alta velocidade. “Eles tinham que colocar semáforos ou radares, por que é muito difícil atravessar com o grande fluxo de veículos”, informou.
Já sua irmã Pâmela Ferreira, 20, a conscientização deveria vir dos motoristas, que em sua grande maioria, são imprudentes. “A rua onde fica o CEM é muito escondida e os motoristas passam correndo pela 13 de Maio. Já pensou se está atravessando um idoso ou uma criança. Acho que as pessoas só tomam consciência, quando algo de ruim acontece com a própria família”, apontou.
A dona de casa Cleusa Capilha, 63, contou que sempre vê pessoas atravessando fora da faixa pelo local. “O pessoal atravessa pelo meio da avenida mesmo, por que as faixas de pedestres ficam longe daqui do CEM. O jeito é prestar muita atenção mesmo”, mencionou.
O borracheiro Roberto Martins Ruiz, 45, foi uma das pessoas que prestou assistência ao idoso atropelado. Ele falou que esse não é o primeiro acidente com vítima fatal que acontece no local. “Há uns 2 anos, uma senhora foi atropelada do mesmo jeito e morreu. Outro dia foi um motociclista que caiu e foi arrastado por uns 40 metros, ficou todo ralado. Desta vez, escutei o barulho de freada e corri para ver, quando cheguei ao local vi o senhor caído no asfalto todo ensanguentado”, finalizou.