A Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) pediu doações de rações para atender aos cães e gatos resgatados de uma Organização Não Governamental (ONG) de Campo Grande na quinta-feira (04). O local era mantido por duas irmãs gêmeas, de 29 anos, e funcionava de maneira clandestina.
Conforme uma nota compartilhada nas redes sociais da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS), as doações podem ser entregues na sede da DECAT, localizada na Rua Sete de Setembro, 2421. Bairro Jardim dos Estados. “Contamos com a solidariedade de todos para garantir o bem-estar dos animais resgatados e apoiar essa causa”, diz o post.
A atualização do caso apontou que foram contabilizados 212 cachorros e 12 gatos em condições precárias de saúde e higiene na casa-sede da ONG. Agora, todos permanecerão no mesmo local e serão submetidos a exames de sangue na próxima segunda-feira (08) pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para diagnosticar possíveis doenças.
Além disso, será realizado um mutirão de limpeza no espaço. Os trabalhos serão conduzido pela Vigilância Sanitária e pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP) para garantir um ambiente mais seguro e salubre para todos. A casa tem até mesmo uma piscina com água verde parada, repleta de larvas de mosquito.
O caso
O resgate dos animais aconteceu durante uma operação numa residência situada no bairro Chácara dos Poderes na quinta-feira (04). A investida surgiu após denúncias anônimas. Equipes da Decat, Vigilância Sanitária e a Perícia estiveram no endereço e constaram a situação precária de higienização e falta de recursos para o cuidado com os pets.
A delegada titular da Decat, Gabriela Stainle, disse à imprensa que as irmãs já vinham recebendo orientações e que essa não é a primeira vez que ambas são alvos de uma operação de maus-tratos. Foram registrados descarte irregular de resíduos sólidos (lixo) no quintal, como lata de alumínio e cobertor e até um colchão, além de medicamentos.
Outro ponto encontrado foi uma fossa extravasando, além de muitos cães com sarna e falhas na cerca, permitindo que cães ferozes escapassem para rua. Houve representação pela prisão preventiva das irmãs e decretada pelo juiz. Os animais ficaram no local sob os cuidados da mãe das irmãs presas.
