À tarde, Riedel se reunirá com ministra e prefeita para discutir atendimento às mulheres
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realiza, na manhã desta terça-feira (18), uma reunião para discutir providências e aprimorar medidas de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. O debate ocorre em meio às polêmicas envolvendo a morte da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada a facadas pelo ex-companheiro Caio Cesar Nascimento Pereira, no último dia 12 de fevereiro.
Além dos deputados estaduais, participam do encontro representantes do Ministério Público, do Tribunal de Justiça e da segurança pública. A assessoria da Assembleia informou que o objetivo é ampliar a rede de proteção e identificar falhas no sistema de atendimento às vítimas.
Um dos pontos centrais da discussão envolve a atuação da Polícia Civil, que está sob escrutínio após a divulgação de áudios em que Vanessa questionava o atendimento recebido na Casa da Mulher Brasileira. O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupersio Degerone Lucio, participa do encontro.
Ainda nesta terça-feira, a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, e o governador Riedel, participam de reunião agendada em Campo Grande. Às 14h, ela se encontra com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes; presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador Dorival Renato Pavan; e com o corregedor-geral do TJMS, desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, na sede do tribunal, no Parque dos Poderes.
A discussão sobre o aprimoramento das medidas protetivas ganhou força após declarações do governador, que, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (17), destacou a necessidade de revisar os atendimentos prestados às mulheres em situação de violência. Segundo ele, o caso de Vanessa não foi isolado e exige uma análise criteriosa.
Vanessa Ricarte chegou a procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e obteve uma medida protetiva contra o agressor. No entanto, em áudio enviado a uma amiga horas antes de ser morta, relatou que não teve acesso à escolta policial quando precisou e que foi orientada a ligar para o ex-companheiro e avisar que voltaria para casa.
A morte da jornalista gerou comoção e mobilização social, pressionando as autoridades a revisar os protocolos de atendimento às vítimas de violência doméstica e a reforçar a fiscalização das medidas protetivas.