O custo da cesta básica em Campo Grande caiu -3,04% no mês de agosto, ficando R$ 22,38 mais barata, passando de R$ 736,98 para os atuais R$ 714,60. A informação é do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que nessa quinta-feira (05) divulgou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
A redução foi sentida em alguns dos principais produtos que compõe o conjunto de alimentos, em especial a batata, que registrou redução de -29,04%, após
um quadrimestre de altas. No período de um ano, no entanto, o tubérculo apresenta alta de 81,16%, sendo o preço do quilo R$ 3,98 em agosto de 2023 e agora R$ 7,21.
Outro produto que registrou redução do preço foi o tomate, com queda de -6,96% em agosto, acumulando um trimestre de retração e -27,89% em 12 meses. O Leite de caixinha diminuiu -3,62% e interrompeu as altas notadas até então. A manteiga apresentou diminuição de -3,30%, com preço médio de R$ 13,82 em embalagens de 200 gramas.
As reduções também foram sentidas no tradicional pão francês (-0,06%), feijão carioquinha (-2,58%), carne bovina (-2,47%) e óleo de soja (-0,58%). Destes produtos, segundo o DIEESE, comparação com agosto de 2023, somente a carne apresentou retração (-2,66%).
Já na lista de produtos que sofreram reajuste, o destaque ficou com a banana, que registrou aumento de 8,41% em agosto, completando um trimestre de altas. Além das variações climáticas, a variedade prata sofreu com a manifestação de uma doença conhecida como mal-do-panamá. Em 12 meses, o acumulado alcança 8,24%.
Houve aumento também no café, de 3,38%, que já está em alta há cinco meses consecutivos. A farinha de trigo (1,80%), arroz agulhinha (0,97%) e o açúcar cristal (0,25%) completam o conjunto de alimentos em que se observou alta de preços no oitavo mês do ano. Em 12 meses, somente a farinha registrou retração: (-10,87%).
O levantamento também apontou que a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica em Campo Grande é de 114 horas e 50 minutos, com redução de 1 hora e 51 minutos na comparação com junho. O valor da cesta básica compromete 54,71% do salário mínimo, no mês anterior foi de 56,43% e, em 12 meses, quando o salário mínimo líquido estava em R$ 1.121,10, este comprometimento era de 56,65%.
