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quarta-feira, 18 de setembro, 2024
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Beto Pereira vai dar um ponto final na crise da educação na Capital

Campo Grande tem 130.000 crianças em idade escolar. Todas estão na escola, estudando, fazendo esportes, se divertindo, aprendendo com arte e cultura? Infelizmente não.

Sara Paiva é mãe de três filhos, a quem cria sozinha. Ela não conseguiu creche para nenhum deles. “Não tem vaga”, afirma. Franciele Araújo confirma: “Eles mandam as crianças para bem longe. Tem muita criança sem estudar, pois as mães não têm condições de lavá-las para a creche. Elas ficam sem estudar”.

Mais da metade das crianças campo-grandenses não sabem ler, nem escrever. “Eu não aceito esta conversa fiada de que a culpa é dos professores, porque eles fazem o melhor que podem com as condições de trabalho que lhes são oferecidas”, afirma Beto Pereira, candidato a prefeito de Campo Grande pela coligação composta por PSDB/CIDADANIA, PL, MDB, SOLIDARIEDADE, PSD, PSB, REPUBLICANOS e PODEMOS.

“Com o calor que está na cidade a gente não tem um sistema de ar condicionado. A infraestrutura é muito precária, e a gente se sente desvalorizado, desrespeitado. É frustrante. Mas a gente não pode desistir agora”, diz uma servidora pública da educação que pediu para ter sua identidade preservada por medo de retaliações.

O gráfico de alfabetização do Ministério da Educação deste ano mostra que Campo Grande apresenta um dos piores índices de educação entre as capitais. Mas como solucionar isso? Beto tem experiência no setor. Fez a primeira escola em período integral do Estado de Mato Grosso do Sul.

“Quando eu vejo uma estrutura escolar abandonada, consigo enxergar aquilo que eu fiz lá no passado sendo realizado aqui em Campo Grande”, diz o candidato ao visitar a obra inacabada de uma EMEI no Parati.

Ele afirma que transformará o espaço em uma escola modelo. “Aqui eu vou fazer piscina semiolímpica, quadra coberta. Vou ser prefeito de Campo Grande e aqui eu vou inaugurar uma escola em período integral”, avisa.

Beto Pereira explica que tem planos para a gestão da Educação Infantil na Capital. “Nós vamos implantar o Programa Primeira Infância, com um sistema que vai interligar toda a rede de atendimento aos pequenos. O projeto família na escola vai envolver pais e mães no desenvolvimento educacional de seus filhos. Aqui vai mais um compromisso com as mães: não vão faltar vagas nas EMEIS, porque vamos finalizar os prédios que a prefeitura abandonou e construir outros”.

Ele também assumiu um compromisso de valorização profissional com os educadores e administrativos. “A Prefeitura tem uma dívida com vocês, e na minha gestão a coisa vai mudar. Com a reforma das escolas haverá espaços exclusivos para professores, haverá assistentes especializados para os alunos com deficiências, e o número dos alunos por sala de aula não ultrapassará o limite legal. Vamos efetivar os aprovados no concurso público e realizar novos concursos. O ambiente de trabalho vai mudar”.

Gestão democrática e eleição direta para diretores

“Um compromisso que eu tenho é de fortalecer a gestão democrática. Terceirização nas escolas é um assunto fora de pauta.  Sobre o piso salarial, temos leis. Leis devem

ser cumpridas, e aquilo que for pactuado vai ser cumprido. Não vai haver distinção entre professores convocados e concursados. Salários iguais”, avisou.

O candidato disse ainda que o concurso público qualifica o serviço público. Ele pretende ouvir a categoria para avaliar o que funciona e o que não funciona. “Quando se ouve, a chance de errar é muito menor.

“Não vamos deixar ninguém para trás, nenhuma criança fora da escola e todas sabendo ler e escrever na idade correta. Alfabetização é o primeiro passo para a formação de qualquer pessoa, é a base que constrói a cidadania e traz oportunidades”, concluiu o candidato.

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