11/10/2014 08h07
Bonito por natureza, MS comemora 37 anos de criação
Dourados News
Hoje (11) comemora-se 37 anos do surgimento de Mato Grosso do Sul no mapa brasileiro. O Estado surgiu em 11 de outubro de 1977, pela aprovação da lei que desmembrou a parte sul de Mato Grosso para a criação da nova unidade da federação.
Atualmente com uma população estimada em 2.619.657 habitantes, o Estado é o 21º mais populoso do Brasil e mantém como principais atividades econômicas a agricultura e a pecuária. A bebida típica do estado é o tereré , sendo esse o maior produtor de erva-mate da região Centro-Oeste do Brasil.
Mato Grosso do Sul é reconhecido internacionalmente por suas belezas naturais. A região do Pantanal rica por sua fauna e flora e as atrações turísticas da cidade de Bonito atraem milhares de pessoas durante todo o ano.
As conquistas, o desenvolvimento cultural, as melhorias pós-divisão, os avanços a serem conquistados e o debate da existência de uma identidade sul-mato-grossense são temas que despertam atenção na data.
Para o historiador Paulo Roberto Cimó Queiroz, o ponto positivo da criação do MS foi o ganho de autonomia política. “É evidente que, antes da divisão, o estado era muito extenso, e isso dificultava o acesso dos cidadãos às instâncias do poder. Com a divisão, os poderes ficaram mais próximos das pessoas, e isso sempre é positiva”, destaca.
Já quanto ao desenvolvimento do Estado ele cita que os problemas que atrasam essa questão são os mesmos que existem em todo o país.
“Acho que os entraves ao desenvolvimento de MS não são diferentes dos que existem em âmbito nacional: desigualdade social e deficiências na educação, entre outros problemas. Quanto ao mais, o que existem são apenas diferenças. Temos uma população pequena, e isso evidentemente nos diferencia e impõe limites e condições ao crescimento econômico, por exemplo.”, relata.
Para o historiador a questão da identidade é complexa, mas não interfere em questões econômicas. “Por um lado, me parece evidente que os habitantes de MS se identificam, claramente, como sul-mato-grossenses, distintos dos habitantes de qualquer outro Estado.Existe, sim, uma forte identidade sul-mato-grossense. Por outro lado – e aí é que mora o problema – a identidade só se completa quando ela é reconhecida pelos outros, e é isso que tem faltado a nós sul-mato-grossenses. Porém não creio que isso atrapalhe o desenvolvimento, de modo algum. Os cálculos econômico-financeiros, a meu ver, passam por outros caminhos, que dispensam o reconhecimento ou não de uma identidade sul-mato-grossense”.
Ainda segundo ele, o Estado é capaz de se aprimorar e atender as expectativas de toda a população segundo o que afirma o historiador.
“Temos espaço para um desenvolvimento socioeconômico capaz de preservar não só o meio-ambiente como os territórios indígenas e ainda assim gerar riquezas para toda a população. O que é preciso, a meu ver, é “apenas” diálogo, baseado na vontade de resolver os problemas e no respeito de cada um pelas concepções e interesses do outro”, finaliza.
