A utilização da Inteligência Artificial (IA) na área da saúde será um dos temas centrais da presidência brasileira do BRICS em 2025. A proposta é debater o desenvolvimento de tecnologias para otimizar diagnósticos, tratamentos e a gestão de sistemas de saúde, além de estabelecer uma governança robusta para o uso de dados.
A secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, destaca que a experiência do Brasil com o uso da IA no Sistema Único de Saúde (SUS) e a criação da Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) serão apresentadas como exemplos de inovação aos países do bloco. “As iniciativas de digitalização da saúde já foram reconhecidas como inovadoras a nível de Américas pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), agora vamos poder mostrar isso ao BRICS”, afirmou.
A proposta brasileira prevê o desenvolvimento conjunto de tecnologias para previsão de doenças, emergências sanitárias e vigilância em saúde pública. A cooperação entre os países também deve estabelecer padrões comuns para coleta, armazenamento e compartilhamento de dados, com diretrizes éticas que garantam transparência e inclusão.
A integração da IA na saúde tem potencial para personalizar tratamentos, otimizar recursos e melhorar a capacidade de resposta a emergências sanitárias. A iniciativa visa reduzir desigualdades no acesso à saúde e promover sistemas mais eficientes e sustentáveis.
Atualmente, o SUS realiza cerca de 2,8 bilhões de atendimentos anuais, sendo referência em saúde pública. A expectativa é que a colaboração entre os países do BRICS impulsione inovações e fortaleça o combate global a doenças, com foco na equidade e justiça social.