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Brasileiras são obrigadas a usar véu em competição de taekwondo no Irã

14/08/2014 21h32

Brasileiras são obrigadas a usar véu em competição de taekwondo no Irã

Globo Esporte

Menos de 15 dias após fazer um ensaio fotográfico, a atleta de taekwondo Talisca Reis, representante brasileira na categoria até 49kg, está no Irã para a disputa do Campeonato Mundial Militar, que tem início neste sábado com a cerimônia de abertura e o início das disputas entre as mulheres. Em um país rígido quanto às regras do uso de roupas para as mulheres, a atleta está sendo obrigada a utilizar o hijab, uma espécie de véu, cobrindo a cabeça.
– Estamos tendo que usar véu sim. Só dentro do quarto que não precisa. Está fazendo muito calor, tempo seco e temos que andar todas cobertas. Estou sofrendo um pouco, mas gostando da experiência de uma nova cultura – disse a atleta.
O Mundial Militar terá dois dias de disputas femininas e outros dois com lutas masculinas. Não poderá haver torcedores do sexo oposto durante os confrontos. A atleta afirmou que mais detalhes serão dados nesta sexta-feira, quando acontece a pesagem, pela organização do evento.
– Amanhã vamos ter todas as informações. Vamos saber se a competição vai ser em um lugar separado dos homens, se vamos usar o véu para lutar e até se vamos poder estar na cerimônia de abertura ou como vamos fazer, já que, com o uniforme militar, não podemos usar véu na cabeça. Temos todos esses mistérios para serem descobertos amanhã (sexta-feira) – relatou.

Campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e quinto colocado nas Olimpíadas de Londres 2012, Diogo Silva achou o formato diferente.
– É um pouco estranho a gente viajar como seleção e não poder torcer para as meninas da nossa equipe, mas se o país que estamos exigir isso, temos que respeitar – comentou o atleta.
A delegação brasileira é formada por 14 atletas, sete homens e sete mulheres, e a competição dá para o campeão dez pontos no ranking mundial.

Seleção feminina com o hijab em Teerã (Foto: Acervo pessoal)

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