31.8 C
Campo Grande
sexta-feira, 22 de novembro, 2024
spot_img

Camapuã promove Festival Gastronômico Monções neste mês com apoio do Sebrae-MS

Para promover a gastronomia local, valorizando os produtos e pratos típicos da região, está acontecendo entre os dias 1º e 30 de novembro, o Festival Gastronômico das Monções, em Camapuã. O grande evento do município na região Norte de Mato Grosso Sul, é realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Camapuã (ACECAM), contando com o apoio do Sebrae/MS, por meio do programa Cidade Empreendedora. Os 30 dias de ações é também promovido em parceria com a Prefeitura Municipal.

Ao todo, oito empresas do município participam do festival com pratos desenvolvidos especialmente para a iniciativa que resgatam a história da Rota das Monções – um percurso utilizado entre os séculos XVIII e XIX que marcou a criação e o crescimento da cidade de Camapuã. Durante o mês de novembro, o público poderá experimentar as receitas apresentadas e votar naquela que mais gostou. Os pratos também serão avaliados por um grupo de jurados que, após o período de degustação do festival, irá premiar a melhor receita.

Segundo o presidente da ACECAM, Adriano Nogueira França, o Festival é uma excelente oportunidade de resgatar a importância histórica do antigo povoado que deu origem à cidade, divulgar os produtos que o município tem a oferecer e promover o desenvolvimento econômico por meio do turismo.

“Camapuã tem uma riqueza cultural e histórica muito grande como ponto de apoio na Rota das Monções, então a ideia do Festival é, promover nossos estabelecimentos comerciais e oferecer às pessoas uma comida típica regional, levando em consideração ingredientes regionais que remetem a esse trajeto, além de atrair turistas para conhecer nossa história e os pontos turísticos como cachoeiras e balneários naturais”, destacou o presidente.

Valorizar e reforçar o segmento gastronômico local

Camapuã promove Festival Gastronômico Monções neste mês com apoio do Sebrae-MS
Empresas que participam no festival desenvolveram pratos inspirados na Rota das Monções, como é o caso da receita “Pesado das Monções” criada pelo Kukas Café

Para o analista-técnico do Sebrae/MS, Lucas Borelli, o Festival Gastronômico das Monções é uma iniciativa que impacta positivamente a comunidade por valorizar e reforçar o segmento gastronômico de Camapuã e, mais ainda, por conta do vínculo com uma tradição histórica cultural que é a Rota das Monções, muito importante no movimento de origem do município..

“Durante o Festival o município de certa forma respira esta cultura histórica que foi a Rota das Monções, e a iniciativa das entidades parceiras nesta ação, Associação Comercial, Prefeitura e Sebrae/MS, toparem o desafio de fazerem um Festival que tem essa alusão às Monções vem para reforçar essa cultura histórica, promover e valorizar a culinária que foi tão importante naquele momento e hoje faz parte do dia a dia das pessoas”, relatou.

De acordo com o secretário municipal de Agronegócio, Meio Ambiente e Empreendedorismo, Antônio Giovani Diniz da Rocha, a iniciativa corrobora com o desenvolvimento do município, principalmente, por fortalecer os empreendedores que atuam no ramo gastronômico.

“A realização desse tipo de evento, além de proporcionar à população local momentos de lazer, também pode contribuir para a valorização da nossa cultura e ser uma fonte de renda aos pequenos e micro empresários e ser revertida em melhorias na comunidade, criando um ambiente de oportunidade e, o mais importante, na busca de uma identidade do município através de um prato típico podendo assim criar um atrativo turístico com a Rota das Monções”, pontuou o secretário.

A Rota das Monções e a história de Mato Grosso do Sul representada pela gastronomia

Cada empresa participante elaborou um prato inspirado na história da Rota das Monções, para ser ofertado ao público durante o mês de novembro. Dentre as técnicas escolhidas para representar o trajeto histórico, está a charcutaria, muito utilizada à época. Esse é o caso do prato “Pescado das Monções”, criado pelo Kukas Café especialmente para o concurso, e que contará com uma apresentação caprichada, segundo a proprietária, Cleonete Silva.

“É uma moqueca de peixe soleado com arroz e farofa de banana da terra com bocaiuva. O peixe soleado tem uma duração maior fora da geladeira, a farinha de mandioca é cultura de Camapuã e o bocaiuva é uma fruta típica da nossa região também. E vamos servir na cumbuca do coco para deixar uma lembrança de 300 anos atrás”, conta a empreendedora.

Camapuã promove Festival Gastronômico Monções neste mês com apoio do Sebrae-MS
Brasa Rota das Monções” é o prato desenvolvido pela Casa do Churrasco.

Outra receita é o “Espeguete Sertanista” da Lanchonete Quindim, uma variação do sanduíche que é carro chefe de vendas da casa e que leva cupim soleado e repolho agridoce.

“É a primeira vez que estamos participando de um concurso de pratos e o que fizemos para o Festival é um lanche no pão baguete com cupim soleado na chapa, repolho agridoce, molho chimichurri, queijo muçarela e cebola grelhada. Já tenho no cardápio apenas com alcatra ou linguiça toscana, e já tem bastante saída e agora com estes detalhes que adicionamos ficou bem saboroso. Nossa expectativa é de atrair mais clientes, ter uma nova experiência, adquirir conhecimentos e movimentar o comércio”, relatou a proprietária da Lanchonete Quindim, Viviane Estruzani de Matos.

O público poderá experimentar vários outros pratos elaborados com temática e votar no que preferir diretamente nos estabelecimentos participantes, como a “Panceta Monçoeiro Fantasma” do Tô na Esquina; o “Pastel dos Navegantes” do Espetinho Bezerra; o “Pastel à la Monções” do La Casa do Pastel, o “Real Monçoeiro” da Conveniência Real, a “Batata recheada ouro do Pantanal” do Palladar Grill, o “Brasa Rota das Monções”, da Casa do Churrasco.

Sobre a Rota das Monções

Utilizado pelos bandeirantes em busca de ouro entre os séculos XVIII e XIX, o trajeto passava, principalmente, entre Porto Feliz (SP) e Cuiabá (MT). Por ele, também eram transportados alimentos, armamentos, especiarias, além de cargas em geral.

Os monçoeiros percorriam três mil e quinhentos quilômetros por água, e na metade desse trajeto atravessavam por terra treze quilômetros no Varadouro de Camapuã, para chegar às minas de ouro de Mato Grosso.

O único lugar seguro nessa rota era a Fazenda Camapuã (1723), 1º núcleo de Mato Grosso do Sul e fundamental na consolidação da fronteira oeste do Brasil e na criação da identidade cultural regional.

Mais informações sobre o programa Cidade Empreendedora podem ser obtidas por meio do número 0800 570 0800 ou pelo site cidadeempreendedora.ms.sebrae.com.br.

Fonte: Ascom Sebrae MS

Fale com a Redação