O ano de 2024 foi bastante complicado para as famílias em Campo Grande, especialmente na hora de irem ao mercado para as compras. Isso porque o custo da cesta básica, como são chamados os alimentos essenciais para o dia a dia, apresentou uma variação de 10,41% no preço ao longo dos 12 meses passados, sendo este o quarto maior percentual do País, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (08) pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A cidade começou 2024 com a cesta estimada em R$ 736,79, em janeiro, e fechou dezembro com valor de R$ 770,35. Na comparação com o mês de novembro, houve diminuição de -0,27%, quando o custo dos alimentos foi de R$ 772,45, o maior valor do ano, aliás. A retração de dezembro rompeu uma sequência de três meses seguidos de alta e traz a esperança de dias melhores em 2025.
Ainda segundo o levantamento, para adquirir uma cesta básica no último mês de 2024, o trabalhador campo-grandense comprometeu 58,98% do salário mínimo líquido, resultado obtido após o desconto de 7,5% no valor bruto, que é destinado à Previdência Social. Comparando com o empenho de 59,14% registrado em novembro, constatou-se discreta retração de 0,16 p.p.
Entre os itens que apresentaram redução de valor o destaque fica com a batata, com redução de -34,11%, após sete meses em alta no acumulado do ano. Foi comercializada ao preço médio de R$ 5,10 o quilo no mês passado. Também houve queda no preço da farinha de trigo (-0,92%), tomate (-7,93%), banana (-2,50%), leite de caixinha (-2,27%), manteiga (-0,60%) e o feijão carioquinha (-3,39%).
Já na parte de aumento, os destaques vão para café em pó (8,36%), óleo de soja (7,06%) e a carne bovina (5,83%). O café e o óleo registraram altas ao longo de nove
meses e a carne, em oito, com isso, tiveram as variações mais expressivas dos 12 meses de 2024: 58,69%, 39,31% e 29,90%, respectivamente. Também ficaram mais caros o açúcar cristal (3,25%), arroz agulhinha (1,72%) e o pãozinho francês (1,59%).