A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) de Campo Grande emitiu um alerta para aumento no número de casos de sífilis congênita, doença transmitida da mãe para o recém-nascido.
Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (19), entre janeiro a agosto deste ano foram registrados 105 casos da doença, enquanto no ano passado foram contabilizados 97 diagnósticos.
O balanço traz uma queda nos casos de sífilis adquirida, transmitida por meio de relações sexuais sem preservativo ou por transfusão de sangue. Foram 1.035 nos oito primeiros meses deste ano contra 1.225 em 2023. Além disso, 523 gestantes tiveram a doença em 2023 e 308 em 2024.
Prevenção e tratamento
Segundo a gerente técnica da sífilis congênita da Sesau, Jaqueline Oliveira, a falta do pré-natal é a principal explicação para o aumento da doença. “A Sífilis Congênita é evitada através de tratamento e acompanhamento da gestante, assim como do parceiro”.
A gestante precisa realizar todos os meses o VDRL, exame de sangue que detecta se houve reinfecção. O SUS (Sistema Único de Saúde) fornece o teste rápido em todas as unidades de saúde da família e no Centro de Testagem e Aconselhamento (TCA).
Para o teste não é necessário pedido médico, já para o VDRL um profissional (médico ou enfermeiro) faz a solicitação. O tratamento é feito exclusivamente com Penicilina Benzatina. Para gestantes, o tratamento medicamentoso é a única opção.
A doença
A sífilis é uma Infecção curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema Pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, transfusão de sangue ou para a criança durante a gestação, parto ou amamentação.