A profissionalização tem se mostrado uma ferramenta essencial para a ressocialização de homens e mulheres em situação de prisão em Mato Grosso do Sul. Por meio de parcerias estratégicas e iniciativas governamentais, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) tem promovido cursos de capacitação, oferecendo novas oportunidades para os detentos e preparando-os para a reintegração social.
Os números mostram o impacto positivo dessas ações. Somente no ano passado, cerca de 16.500 custodiados participaram de iniciativas de capacitação em diversas unidades prisionais do Estado. Além de palestras educativas sobre temas como saúde mental, prevenção ao uso de álcool e drogas e saúde da mulher, os internos tiveram acesso a cursos profissionalizantes em diversas áreas.
No total, 476 custodiados foram qualificados em cursos como operador de supermercado, recepcionista, barbeiro, maquiador, manicure e pedicure. Essas formações representam não apenas uma oportunidade de aprendizado, mas também um caminho para a autonomia financeira após o cumprimento da pena.
Com foco na ampliação dessas iniciativas, para 2025 já estão garantidas 135 vagas em cursos do programa Pronatec Mulheres Mil, voltado especificamente às custodiadas. Além disso, a Agepen segue em negociação para firmar novas parcerias e expandir ainda mais a oferta de capacitações.
Um novo horizonte
O diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, destaca que os cursos são planejados de acordo com as demandas locais do mercado de trabalho, criando um diferencial competitivo para os ex-presidiários, seja para a inserção no emprego formal ou para o empreendedorismo.
A diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, reforça que a certificação profissional tem um impacto significativo no sistema prisional, proporcionando não apenas qualificação, mas também a possibilidade de redução de pena por meio dos estudos.
A realização das capacitações é fruto de um planejamento integrado entre as divisões da Diretoria de Assistência Penitenciária, abrangendo setores como Educação, Trabalho, Saúde e Promoção Social. Esse trabalho conjunto garante a qualidade das atividades e amplia as chances de sucesso na ressocialização dos custodiados, promovendo um futuro mais digno e oportunidades reais de reinserção na sociedade.