12/05/2015 09h00
Capital paulista terá plano de contingência para evitar mortes de morador de rua
Para evitar mortes de moradores de rua por causa do frio, a prefeitura de São Paulo criou um comitê permanente para elaborar anualmente um plano de contingência para minimizar os impactos das baixas temperaturas. De acordo com o decreto de criação do grupo, publicado no Diário Oficial de sábado (9), essa população está sujeita a risco de morte por choque térmico, em razão de sua fragilidade nutricional e de saúde.
O Censo 2015 da População em Situação de Rua, divulgado sexta-feira (8), indica que 15.905 pessoas vivem nessa condição na capital paulista. Desse total, 8.570 são atendidas pelos serviços de acolhimento do governo municipal e, portanto, passam a noite em abrigos. Mais da metade (52,7% ou 3.864 pessoas) dos que pernoitam na rua ficam em vias da Subprefeitura da Sé. Na sequência, a Mooca, com 11,5% ou 842 pessoas, e a Lapa, com 5,6% ou 409 pessoas.
Embora o decreto defina que o plano seja publicado até o fim de abril, nesse primeiro ano de vigência ele deve ser apresentado apenas nas próximas semanas, segundo informações da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads). Também comporão o comitê representantes das subprefeituras, Secretaria de Saúde, Guarda Civil, Centro de Gerenciamento de Emergências, Companhia de Engenharia de Tráfego e Secretaria de Direitos Humanos.
O censo revela uma predominância de homens (82%) entre essa população, um total de 13.046 moradores, e apenas 2.326 mulheres (14,6%). A pesquisa mostrou também que 533 pessoas (3,4%) não tiveram o sexo identificado por estarem dormindo ou cobertas. O levantamento é feito a cada três anos, conforme a legislação municipal. A última apuração, de 2011, indicava um total de 14.478 pessoas vivendo nas ruas da cidade.
Sobre a idade, 5.823 pessoas (36,6%) têm entre 31 e 49 anos. Desses, 3.461 são acolhidos pelo serviço da prefeitura e 2.362 dormem em vias públicas. O censo registrou que 403 crianças de até 11 anos estão em situação de rua. Dessas, 370 são acompanhadas pela Secretaria de Assistência Social. Uma segunda etapa da pesquisa ocorrerá ainda neste ano, com objetivo de traçar um perfil dessa população.
Com Informações da Agência Brasil