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segunda-feira, 18 de novembro, 2024
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Carregador de celular ajudou polícia a identificar autor de crime bárbaro em cidade de MS

A Polícia Civil indiciou um homem de 49 anos pelo latrocínio e ocultação de cadáver de uma mulher, de 59 anos, em crime ocorrido no dia 02 de outubro na cidade de Nioaque.

O caso começou a ser investigado no dia em que o corpo foi descoberto carbonizado, no lixão da cidade. A vítima tinha sido vista viva pela última vez no dai 1º de outubro.

Com o desaparecimento, familiares procuraram a delegacia de polícia para registrar o boletim. A vítima era servidora pública aposentada.

Antes de sumir, a mulher enviou mensagens para os parentes dizendo que iria para Campo Grande com um amigo, sem revelar o nome deste.

Segundo os parentes, após isso o telefone dela não recebeu mais ligações e as mensagens deixaram de ser recebidas, o que levantou a suspeita para um sequestro.

A investigação

A Polícia Civil iniciou as investigações e verificou que todos os objetos pessoais, como óculos de grau, documentos e cartões bancários estavam na residência dela.

Com isso, os policiais concluíram que a vítima não tinha deixado a cidade e possivelmente outra pessoa se passou por ela nas mensagens para a família.

Após os levantamentos, os investigadores foram até a residência de um suspeito, que fica próximo da casa da vítima.

No local, foi encontrado o carregador de um celular totalmente compatível com a marca, modelo e o número de série do celular da vítima.

Autor tentou se passar por comparsa

Com isso, foram representados judicialmente pela busca e apreensão e prisão temporária do suspeito. Questionado, disse que apenas teria ajudado a esconder o corpo.

O homem ainda apontou os autores do crime e confessou que foi praticado com o objetivo patrimonial, alegando que teria ajudado em troca de uma dívida.

O indivíduo indicou o local onde teria deixado o corpo da mulher, no lixão municipal. Os peritos encontraram sinais de incineração, com alguns fragmentos de ossos.

O laudo necroscópico concluiu que a arcada dentária e as próteses dentárias eram totalmente compatíveis com os prontuários de tratamentos odontológicos da vítima.

Conforme as investigações foram avançando, a Polícia Civil verificou diversas contradições apresentadas pelo suspeito. Após ser confrontado, ele confessou ter agido sozinho.

Negou a intensão de matar a vítima

Segundo revelou, disse acreditar que a vítima tinha dinheiro na casa e, valendo-se da relação de confiança que tinha por ele, a surpreendeu.

Na investida, o autor amarrou e a amordaçou a mulher. Ele disse que não tinha a intenção de matá-la e que quando percebeu a vítima já estava morta.

Depois, munido das senhas do celular e do aplicativo bancário dela, realizou um PIX para a sua conta e levou o corpo em seu veículo para o aterro, onde ateou fogo.

O autor disse que tinha a confiança da vítima porque eram vizinhos e também já tinha prestado serviços de pedreiro para ela, conhecendo a sua rotina.

Celular foi escondido em pilar de concreto

Ainda de acordo com ele, após deixar o corpo, foi até a sua residência, pegou o celular da vítima e, se passando por ela, encaminhou mensagens para os familiares.

Após alguns dias, o homem escondeu o celular no interior de um pilar de concreto de uma obra em que prestava serviço.

A equipe de investigação foi até este local e, com ajuda de ferramentas apropriadas, localizou o aparelho celular da vítima.

Segundo a Polícia Civil, apesar dele negar a intenção de matar a mulher, os elementos de prova colhidos apontam que a morte foi por asfixia mecânica.

Diante disso, o indivíduo foi indiciado e teve a prisão temporária convertida em preventiva e agora permanece custodiado em regime fechado.

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