O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, decretou a prisão preventiva do presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, cinco sobrinhos e do gerente de tecnologia da informação da entidade. Os mandados foram cumpridos ou ainda reforçados na terça-feira (21), após a Operação Cartão Vermelho, que havia prendido temporariamente os sete acusados de ao menos quatro crimes dentro da FFMS.
Veja abaixo, todo histórico de matérias que o Enfoque MS publicou acompanhando o caso quando, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prendeu Cezário e quatro sobrinhos: o responsável pelas finanças da federação, Umberto Alves Pereira, o Beto; o delegado de jogos, Aparecido Alves Pereira, o Cido; Valdir Alves Pereira e Francisco Alves Pereira, o Caiá. Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira é filho de Beto e também parente de Cezario.
O único preso que não é parente do dirigente é Rudson Bogarin Barbosa, gerente de TI da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.
Cezário e os cinco familiares tiveram a prisão preventiva decretada por causa dos indícios de integrar organização criminosa que teria desviado R$ 6 milhões da entidade entre 2018 e 2023. Eles passaram por audiência de custódio nesta quarta-feira (22), quando o magistrado deveria encaminhá-los para um presídio.
Já na Justiça
É a primeira vez na história que o dirigente, no comando da Federação de Futebol desde 1998, vai parar atrás das grades. No entanto, ele já foi condenado pela Justiça e até alvo de críticas, mas sempre teve apoio político e influência para ficar impune.
A Operação Cartão Vermelho cumpriu ainda 14 mandados de busca e apreensão. A mãe dos sobrinhos, Francisca Pereira, também foi alvo do Gaeco e é investigada por integrar o esquema criminoso.
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