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segunda-feira, 6 de janeiro, 2025
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Cesta básica compromete mais da metade do novo salário mínimo

A cesta básica de alimentos essenciais, que em janeiro deve custar em média R$ 850, comprometerá 56% do novo salário mínimo de R$ 1.518, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Com esse valor, é possível comprar 1,79 cesta básica, a maior proporção desde 2020. Em janeiro de 2024, quando o salário mínimo era de R$ 1.412 e a cesta custava R$ 793,39, o poder de compra correspondia a 1,78 cesta.

Cesta básica compromete mais da metade do novo salário mínimo

Composição da cesta básica

A cesta é composta por 13 itens definidos por decreto de 1938, incluindo carne, leite, feijão, arroz, pão, café, frutas e outros alimentos básicos. As quantidades variam por região. A pesquisa usa o valor da cesta em São Paulo como referência nacional, onde ela é a mais cara do país.

Com a inflação acelerada nos últimos meses de 2024, todas as capitais registraram aumento nos preços da cesta básica. Em novembro, as altas variaram entre 1,85% em Porto Alegre e 10,72% em Campo Grande, segundo o Dieese.

Impacto do novo salário mínimo

O salário mínimo foi reajustado em R$ 106, passando de R$ 1.412 para R$ 1.518, um aumento total de 7,50%, com ganho real de 2,5% acima da inflação, medida em 4,84% pelo INPC entre dezembro de 2023 e novembro de 2024.

O Dieese aponta que o mínimo serve de referência para 59,9 milhões de trabalhadores e impacta benefícios do INSS, seguro-desemprego, abono salarial e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Cada real adicionado ao salário mínimo eleva em R$ 365,9 milhões ao ano os gastos da Previdência Social.

Apesar do aumento, o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.959,31, o equivalente a 4,93 vezes o atual piso.

Cenário desafiador

O aumento contínuo no custo da cesta básica pressiona famílias de baixa renda, especialmente aquelas que dependem do salário mínimo. A alta de preços nos alimentos reflete um cenário econômico que exige medidas para conter a inflação e garantir maior poder de compra aos brasileiros.

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