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quinta-feira, 19 de setembro, 2024
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Cientistas anunciam que Terra ganhará uma “segunda lua” neste mês; entenda

Com cerca de 10 metros de diâmetro, corpo celeste deve permanecer na órbita do planeta por algumas semanas após ser sequestrado pela gravidade do nosso planeta


Em 1999, Cássia Eller cantava sobre a chegada de um “segundo Sol”. Embora isso dificilmente aconteça algum dia, um outro vizinho espacial da Terra vai ganhar companhia muito em breve: a Lua. E essa segunda lua (ou melhor, mini-lua) deve chegar à órbita da Terra daqui a alguns dias. Não entendeu nada? A gente explica abaixo.

Intitulado de 2024 PT5, o asteróide entrará na órbita da Terra em 29 de setembro e permanecerá até 25 de novembro. Depois, seguirá jornada pelo sistema solar.

Segundo cientistas da Universidad Complutense de Madrid, na Espanha, a “miniLua” ficará na órbita da Terra por quase dois meses. Ao identificarem o novo corpo celestial, eles afirmaram que não há risco de impacto. O estudo que identificou esse fenômeno foi publicado no periódico The Research Notes of the AAS neste mês.

Os especialistas destacam que, devido à forma como aparecem na órbita da Terra, as “miniluas” são difíceis de observar e categorizar oficialmente. A exemplo, em 2015, observadores confundiram a nave Gaia, da ESA, como uma nova “Lua” da Terra.

Segundo Raúl de la Fuente Marcos, responsável pela descoberta, o asteroide é, “sem dúvidas, um objeto natural”, que se formou no cinturão de asteroides de Arjuna.

A “nova Lua” deve retomar à órbita da Terra em 9 de janeiro de 2025, daqui a 31 anos.

Será possível observar a “segunda lua”?

Durante sua passagem pela órbita terrestre, o asteroide 2024 PT5 não deve ser visível para a maior parte dos observadores do céu noturno.

Carlos de la Fuente Marcos explicou em entrevista ao Space.com que o asteroide é pequeno demais para ser observado por amadores.

“O objeto é muito pequeno e escuro para telescópios e binóculos amadores. No entanto, o objeto está bem dentro da faixa de brilho de telescópios tipicamente usados ​​por astrônomos profissionais”, disse ele.

“Um telescópio com um diâmetro de pelo menos 30 polegadas mais um detector CCD ou CMOS são necessários para observar este objeto, um telescópio de 30 polegadas e um olho humano atrás dele não serão suficientes”, acrescentou.

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