De acordo com informações do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, a colheita da soja 2024/2025 já teve início em Mato Grosso do Sul, e alcançou cerca de 8% da área total. A região Sul é a mais avançada, com 10,2% da área colhida, seguida pela região centro, com 7,6%. A região norte ainda não registra colheita da soja.
Com base na avaliação semanal, cerca de 1,7 milhão de hectares estão afetados pelo estresse hídrico, representando 38,9% da área total. “Na semana passada, foram registradas chuvas que ajudaram a manter os cultivos nas regiões mais afetadas pela estiagem. Graças a isso, as condições das lavouras conseguiram se manter estáveis”, aponta o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
Para o diretor regional da Aprosoja/MS, e produtor rural em Amambai, Diogo Peixoto, a chuva que retornou nos últimos dias pode ajudar, porém, houve perdas significativas nas lavouras ocasionadas pela seca e altas temperaturas.
“A gente tinha a expectativa de colher em torno de 50, 60 sacos, porque ela tinha teto produtivo pra isso, mas as questão da seca e altas temperaturas, teve um abortamento de vagem muito grande, principalmente altas temperaturas, e aí não conseguiu encher grão. Da semana passada pra cá, começou a chover, e tá ajudando o que tá ficando,porque nós temos aí uns 60, 70% ainda da soja no campo. Então, com essas chuvas aí vai ajudar, mas a gente não sabe quantificar o quanto ainda, porque não foi colhido e a gente só tem uma estimativa, né? Mas que já tem prejuízo na lavoura, isso já é certo, porque foram 30 e poucos dias, teve lugar de 37 dias sem chuva”.
A Aprosoja/MS está trabalhando para informar os municípios mais impactados, com o objetivo de tomar medidas que agilizem tanto renegociações quanto a prorrogação de dívidas dos produtores rurais. “As chuvas retornaram e estamos avaliando o impacto nas lavouras ainda”, relata o presidente do Sindicato Rural de Amambai, Manoel Douglas.
De acordo com a meteorologia, há a previsão de formação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai, aliada a uma frente fria, que favorece a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul, com risco para chuvas intensas.
Todas as informações sobre as lavouras de soja e milho e clima podem ser obtidas aqui.