18/03/2015 16h30
Com expansão da soja e pecuária, valor do campo chegará a R$ 25 bi
Campo Grande News
O valor bruto da produção agropecuária em Mato Grosso do Sul deve crescer 1,7 % nesse ano, em relação ao anterior. Segundo o Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o montante deve subir de R$ 24,5 bilhões para R$ 24,9 bilhões.
Sem retração desde 2009, o valor bruto da produção de soja cresce a cada ano e a expectativa para 2015 é boa. Conforme o Mapa, o montante deve ter alta de 6,4 %, passando de R$ 6,4 bilhões, no ano passado para R$ 6,8 bilhões, em 2015. A estimativa, no entanto, era mais otimista na projeção realizada no mês de janeiro, que apontou possível alta de 10%, alcançando os 7,1 bilhões.
A pecuária deve ter alta de 7,7 %, passando dos R$ 10,5 bilhões, contabilizados em 2014 para R$ 11,4 bilhões nesse ano. O setor só aumenta a produção, desde 2009, quando o montante alcançou R$ 6,4 bilhões. De lá para cá, o valor bruto cresceu 63 %. A alta se deve, em especial, a bovinocultura, para qual estima-se crescimento de 10%, de R$ 7,8 bilhões para R$ 8,6 bilhões, em 2015.
Já a produção de suínos deve gerar R$ 465 milhões, contra R$ 449 milhões do ano passado, alta de 3,5 %. O acréscimo da produção leiteira é bem menor. O valor dele subir de R$ 1,88 bilhão, em 2014 para 1,89 bilhão, nesse ano. Para o setor leiteiro, a estimativa é de queda de 1,5 % no valor bruto, que não deve passar de R$ 222 milhões.
Queda – O valor referente a produção de cana-de-açúcar cresceu 18 %, em 2012, mas entrou em declínio em 2014 e para esse ano a expectativa é de nova redução no montante. A Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa estima queda de 0,65% no valor, que deve passar de R$ 2,8 bilhões do último ano para R$ 2,7 bilhões em 2015. O melhor ano para o setor em relação ao valor bruto foi 2013, quando foi gerado R$ 2,9 bilhões.
Caso a projeção se concretize, a produção de milho deve gerar o menor valor dos últimos quatro anos. Em 2012, foram levantados R$ 3,29 bilhões, pelo setor. O valor subiu para R$ 3,7 bilhões, em 2014, mas deve ter retração de 11,9 % e ficar em R$ 3,2 bilhões, nesse ano, em que os produtores do Estado foram obrigados a atrasar o plantio do milho safrinha, em função da interrupção do cultivo de soja no ano passado, por conta da estiagem.
As previsões para a produção de algodão são ainda mais desanimadoras. O setor, que reclama da baixa competitividade no mercado externo, deve gerar R$ 381 milhões em 2015, o que representa queda de 15 %, em relação aos R$ 453 milhões levantados em 2014. Será o menor valor em cinco anos. Nesse período, os produtores de algodão no Estado manteram o montante acima de R$ 444 milhões, em cada ano.