Com destaque para os preços elevados do setor de hortifrúti, em especial o tomate e a banana, além do café em pó, que completou três meses de reajustes seguidos em 2025, a cesta básica em Campo Grande apresentou alta de 1,89% em março. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (07) pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), por meio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Campo Grande continua com a quinta cesta mais cara de todo o País, com o valor do conjunto de alimentos estimado em R$ 788,58. O valor corresponde a 56,16% de um salário mínimo líquido, sendo necessário ao trabalhador dedicar 114h17m do seu tempo de trabalho para conseguir comprar a cesta básica. Ainda segundo o DIEESE, uma família com quatro pessoas gastou R$ 2.365,74 com os alimentos básicos em março.
O levantamento descreve que, entre os 13 alimentos pesquisados mensalmente, o tomate apresentou a maior alta, de 27,80%, entre fevereiro e março. A fruta acumula um trimestre de altas e, em 12 meses, registra alta de 8,47% no preço do quilo. Outra fruta que ficou mais cara no mês passado foi a banana, com reajuste de 2,45%, destaque para a variedade prata. A variedade nanica, graças o retorno às aulas, também ficou mais cara.
O café em pó, que vive um momento de valores fora do padrão, apresentou reajuste de 6,79%. Em 12 meses, segundo o DIEESE, o pó derivado do grão registra alta de 89,40%. Nessa mesma linha de aumentos, está o óleo de soja, que ficou 1,16% mais caro, sendo o aumento de 41,82% ao longo de um ano. Já o leite não sofreu mudanças no valor de mercado, continuando na mesma faixa.
Entre os produtos que sofreram redução no valor, o destaque ficou por conta da batata, que viu o preço do quilo cair -6,77%. Em 12 meses, a redução já é de -38,91%. O arroz agulhinha, que em março teve o valor diminuído em -3,22%, registra 2,21% de reajuste nos últimos 12 messe, com preço médio de R$ 6,15 no trimestre.
Completam a lista de produtos em queda de valor no mês de março: manteiga (-0,53%), farinha de trigo (-0,45%), pãozinho francês (-0,41%), feijão carioquinha (-1,19%), carne bovina (-0,72%) e o açúcar cristal (-2,66%). Para o DIEESE, esse conjunto de alimentos foi essencial para o aumento final da cesta não atingir um percentual maior.
