30.8 C
Campo Grande
segunda-feira, 6 de janeiro, 2025
spot_img

Combate ao HIV em MS: mais de 2,3 milhões de preservativos e 120 mil testes distribuídos

Distribuição de preservativos internos e externos, testes rápidos e fórmula infantil reforçam a prevenção e assistência prestada no ano de 2024

O ano de 2024 marcou importantes avanços no enfrentamento ao HIV em Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) distribuiu mais de 2,3 milhões de preservativos externos, 40 mil preservativos internos e 120 mil testes rápidos para HIV, fortalecendo as estratégias de prevenção e diagnóstico precoce nos municípios.

A SES também reforçou as ações para evitar a transmissão vertical (de mãe para filho), fornecendo 4 mil latas de fórmula infantil para crianças expostas ao HIV. Além disso, a ampliação da oferta de testes rápidos em todas as unidades básicas de saúde e a disponibilização de profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP) consolidaram o compromisso com a saúde pública. Atualmente, 10.936 pessoas vivendo com HIV estão em tratamento no estado.

Danielle Tebet, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, destaca os esforços integrados: “O Governo tem investido não apenas em insumos, mas também em conscientização, acesso e dignidade para as pessoas vivendo com HIV. Com as estratégias de prevenção combinada e o arsenal terapêutico disponível, conseguimos oferecer qualidade de vida para quem convive com o vírus”.

Diagnóstico precoce e tratamento salvam vidas

Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou 628 novos casos de HIV, sendo que 321 evoluíram para Aids, e 157 mortes foram registradas em decorrência da doença, segundo dados parciais do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan). A SES reforça que o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são essenciais para reduzir a transmissão e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

É fundamental lembrar que ter o HIV não é sinônimo de Aids. A Aids representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, caracterizado por um sistema imunológico debilitado e maior vulnerabilidade a doenças graves, como pneumonia e tuberculose.

Indetectável = Intransmissível

Um aspecto essencial da conscientização é o conceito de “indetectável = intransmissível”. Estudos comprovam que pessoas vivendo com HIV que atingem uma carga viral indetectável, graças ao tratamento antirretroviral, não transmitem o vírus por via sexual. No Brasil, cerca de 700 mil pessoas estão em tratamento, segundo o Ministério da Saúde.

Danielle Tebet ressalta que o combate ao estigma e a desinformação é um dos maiores desafios. “O tratamento oportuno e o cuidado humanizado são indispensáveis para enfrentar o HIV. Quando cuidamos da saúde física e mental dessas pessoas, contribuímos não apenas para sua qualidade de vida, mas também para a redução da transmissão.”

Prevenção e conscientização

Combate ao HIV em MS: mais de 2,3 milhões de preservativos e 120 mil testes distribuídos

Além do tratamento, a prevenção segue como a melhor arma contra o HIV. A disseminação de informações, a distribuição de preservativos e o acesso facilitado a testes rápidos são pilares para enfrentar a epidemia. Também é essencial promover ações educativas para combater preconceitos e garantir dignidade às pessoas vivendo com HIV/Aids.

Os avanços de 2024 em Mato Grosso do Sul reforçam que a luta contra o HIV requer um esforço conjunto entre o governo, a sociedade e os serviços de saúde para garantir prevenção, tratamento e respeito a quem convive com o vírus.

Fale com a Redação