Uma organização que faz o contrabando de combustível pelo Rio Paraguai, atravessando a região do grande pantanal sul-mato-grossense, foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (12).
Chamada de Operação Waterworld, a investida cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Corumbá e um em Campo Grande com o intuito de reunir elementos probatórios que esclareçam os fatos investigados.
Segundo a PF, o combustível contrabandeado era vendido aos fazendeiros locais e trocado por serviços de prostituição, incluindo a exploração de menores de idade, e até mesmo negociado por carne de animais silvestres.
Durante a ação, foram apreendidas embarcações e veículos que eram utilizados nas ações ilícitas, além de mídias digitais, celulares, HD’s e outros materiais que serão periciados para a identificação de outros membros da rede criminosa.
Também houve a apreensão de três armas longas e munições em uma fazenda e confiscadas três embarcações de grande porte, uma embarcação pequena, um caminhão e uma pick-up, modelo Fiat Toro.
Operação inspirada em filme pós-apocalíptico
Ainda segundo a PF, o nome da operação, Waterworld, faz referência ao filme clássico homônimo que retrata um cenário pós-apocalíptico onde a Terra está coberta por água e a luta por recursos, como combustível, é constante.
A escolha do nome simboliza a dinâmica do contrabando de combustível realizado por grandes embarcações que trafegam pelo Rio Paraguai, na região do Pantanal, vendendo ilegalmente o combustível para fazendeiros e moradores locais.
