Apenas o gás terá uma pequena redução 1,69% na alíquota
A partir deste sábado (1º), os combustíveis estão mais caros em todo o país. O aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre gasolina, etanol e diesel entra em vigor, elevando os preços para os consumidores. Além disso, a Petrobras também anunciou um reajuste no preço do diesel para os distribuidores.
A medida, aprovada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) em 30 de novembro, estabelece um acréscimo de R$ 0,10 na alíquota do ICMS sobre gasolina e etanol, passando de R$ 1,3721 para R$ 1,47 por litro, um aumento de 7,14%. No caso do diesel e biodiesel, a alíquota sobe de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, representando um acréscimo de 5,31%.
Por outro lado, o gás de cozinha terá uma pequena redução na alíquota do imposto estadual, caindo 1,69%, de R$ 1,4139 para R$ 1,39 por kg.
Aumento do diesel pela Petrobras
Na sexta-feira (31), a Petrobras também anunciou um reajuste no preço do diesel nas refinarias, elevando o valor em R$ 0,28 por litro. Essa alta resulta da soma do aumento do ICMS (R$ 0,06) com a elevação da estatal (R$ 0,22). Dessa forma, o litro do diesel passa a custar R$ 3,72. O combustível não sofria reajuste desde outubro de 2023 e acumulava uma defasagem de 17% em relação aos preços internacionais.
Pressão na inflação
O reajuste dos combustíveis deve impactar a inflação, que já fechou 2024 em 4,83%, acima da meta estabelecida pelo Banco Central de 4,5%. A gasolina foi um dos itens que mais pesaram na alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), com uma variação de 9,71% em 12 meses, contribuindo com 0,48 ponto percentual na taxa de inflação.
Entre os principais fatores que impulsionam os preços dos combustíveis estão a alta do dólar, que encarece a importação e insumos, e os custos logísticos, que variam conforme a infraestrutura e distância de transporte. Em 2024, o preço médio da gasolina fechou o ano em R$ 6,14 por litro, uma alta de 9,6% em relação a dezembro de 2023 (R$ 5,60). O etanol subiu 18%, chegando a R$ 4,11 por litro, enquanto o diesel variou 1,5%, de R$ 6,02 para R$ 6,11 o litro. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Como economizar combustível?
Diante do aumento nos preços, motoristas devem adotar estratégias para reduzir o consumo:
- Dirigir de forma eficiente: Acelere suavemente e antecipe paradas para evitar desperdício de energia.
- Manutenção preventiva: Troque óleo e filtros regularmente, garantindo melhor desempenho do motor.
- Reduzir peso desnecessário: Evite carregar objetos supérfluos no porta-malas.
- Calibrar os pneus: Pneus murchos aumentam o arrasto e o consumo de combustível.
- Evitar pequenos deslocamentos de carro: Sempre que possível, opte por transporte público ou trajetos a pé.
Com essas medidas, é possível minimizar os impactos do reajuste no orçamento, tornando o consumo de combustível mais eficiente e sustentável.
