Os hoje chamados de empreendedores (trabalhadores ambulantes), que trabalharam no Carnaval de Campo Grande comemoram as vendas com a contabilidade da festa, que injetou R$ 20 milhões na economia da Capital. Assim, em 2024, foi um sucesso os cinco dias de folia, apoiada pela Prefeitura, em realização dos eventos em si pelos blocos de rua e Liga das escolas de samba. Veja abaixo, depoimentos dos comerciantes, que relatam a boa realidade dos dividendos faturados.
A gestão municipal divulgou nesta sexta-feira (16), alguns dados econômicos ou geral da festa, que muitos falam que Campo Grande, “não tem Carnaval” e ou que é só bagunça para a cidade. A cada ano que passa, a festa se consolida e se expande na Capital, após pouco mais de uma década que os pioneiros e guerreiros Bloocos: Cordão da Valu (15 anos) e Capivara Blase (10 anos), iniciaram e persistiram com a realização da maior festa popular e livre na rua do Brasil, e do mundo, que não havia localmente. Em 2024, já foram 10 blocos realizando pré-carnaval e os dias oficiais.
“Além do recorde de público, com mais de 80 mil foliões festejando na Esplanada Ferroviária e na Praça do Papa, a folia injetou mais de R$ 20 milhões na economia de Campo Grande. E os números devem ser ainda melhores, já que no sábado (17), ainda acontece o Enterro dos Ossos”, aponta dados da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de CG) e a opinião de quem trabalhou na festa, que ainda está comemorando as vendas e confirma o resultado.
Proprietários da Dip’s Food, Ingrid dos Santos Khalil Dipe e Diego Mackenna Dipe participam de diversos eventos pela cidade e se surpreenderam com o Carnaval.
“Nós somos um food truck de hot-dog e participamos do carnaval pelo edital da Prefeitura. Economicamente falando sobre o carnaval da Esplanada foi uma explosão em vendas. A gente teve uma procura muito grande desde o primeiro dia. Tanto nosso público fiel, que viu nas nossas redes que estaríamos lá foi, quanto o público local que não nos conhecia, aprovou nosso produto, e voltou nos outros dias. Tivemos muito retorno”, afirma Ingrid Dipe.
A primeira vez de muito sucesso
E o carnaval? Não decepcionou! para os comerciantes que chegaram pela primeira vez com a venda nas folias, muitas vezes criticada, por aqueles que não gostam ou tratam o Carnaval, apenas como momento de bagunça e desordem pelas ruas da cidade.
O exemplo do sucesso “inédito” vem Da Capivas Cervejaria, onde Luis Sakate Pais conta que esta foi primeira vez que participou do carnaval de rua, onde não tinha muitos parâmetros para comparar a festa deste ano. Ele por ouvir falar dos aos anteriores, foi com uma expectativa alta, mas sem uma meta específica. E se surpreendeu.
“No andamento dos cinco dias fomos bem surpreendidos com a estrutura e organização do evento, as nossas vendas foram ótimas e tivemos excelentes resultados de arrecadação. Mas, ainda vimos que foi além das vendas, pois conseguimos apresentar o nosso produto para muitas pessoas que nunca tinham experimentado e acabamos tendo muitos feedbacks positivos. Entregamos todos os cartões de apresentação da nossa casa que levamos”, revela.
A também estreante no carnaval de rua, Felipa Velasques, que levou cachorro quente e doces para a avenida, conta que faz feiras e quando convidada participa de eventos. “Já fiz festa de criança e gosto muito de trabalhar com isso. Esta foi a primeira vez que eu trabalhei no carnaval, mas eu gostei e foi muito bom, graças a Deus. Fiquei muito animada”, conta.
Festa fortalecer a economia da Capital
Para o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, o crescimento da festa só vem fortalecer a economia de Campo Grande.
“O valor estimado representa uma injeção na economia campo-grandense, vemos neste momento, uma mudança na percepção do Carnaval e uma aceitação maior da tradicional festividade. Campo Grande começa a fazer parte desse fenômeno nacional na formação de blocos, algo que era ainda tímido por aqui. Com a explosão da festa não é só alegria que vai para a avenida, mais emprego e renda para as pessoas”, argumenta Adelaido.
Os serviços ligados, direta ou indiretamente, aos festejos, como turismo, eventos, transportes, artistas, imprensa, publicidade, entre outros, aumentam com as festividades. Campo Grande por ser uma cidade que tem sua base econômica no Comércio e Serviços só tem a comemorar com a festa!
Nos dias de folia, haviam 60 ambulantes cadastrados pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) autorizados a trabalhar na praça de alimentação montada na Esplanada Ferroviária.
Para a secretária municipal de Cultura e Turismo, Mara Bethânia Gurgel, o sucesso do Carnaval 2024 se deveu a diversos fatores, entre eles, a organização, planejamento e cuidado com o público.
“Foi uma festa totalmente planejada que contou com a participação ativa de diversas secretarias e órgãos governamentais, cada um desenvolvendo seu trabalho de maneira cuidadosa. Para serem realizados eventos nestas proporções é muito importante que tenhamos uma equipe responsável e atenta e, trabalhando dessa forma, conseguimos entregar para Campo Grande o maior Carnaval de todos os tempos”.
