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domingo, 22 de setembro, 2024
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Comerciante justificou filmagens escondidas de funcionárias e cunhada como sendo ‘arte de criança’

Detido por esconder microcâmeras dentro do banheiro e embaixo do caixa da lanchonete na qual é o proprietário, o comerciante de 47 anos, de identidade preservada, vai responder pelo crime de armazenamento de imagens, com pena de seis meses a um ano de prisão em regime fechado. No entanto, a investigação do caso apura a possibilidade dele ter compartilhado as cenas na internet e também de ter gravado menores de idade, o que pode impactar em novas modalidades penais e, consequentemente, aumentar a sua eventual pena.

O caso foi descoberto na segunda-feira (23) pelas próprias funcionárias do estabelecimento, que fica no centro de Campo Grande. Conforme o registro policial, a policia foi acionada e encontrou uma câmera no banheiro da lanchonete e uma segunda que ficava abaixo do caixa, onde filmava as funcionárias de baixo para cima, além de uma terceira dentro do banheiro da própria casa do suspeito, precisamente na edícula de sua cunhada e onde ela tomava banho. Todas passam por perícia, bem como os três celulares apreendidos com o comerciante e que continham dezenas de vídeos pornográficos salvos, porém, de outras mulheres.

Responsável pelo caso, a delegada Ana Paula Trindade, da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), disse que as  duas funcionárias, ambas de 33 anos, perceberam os fios no banheiro feminino da lanchonete há alguns dias e depois embaixo do caixa. Na sequência, ao mecherem no celular do comerciante no último sábado (21) encontraram imagens gravadas de mulheres peladas. Na ocasião, o patrão estava viajando e havia deixado o telefone no local. Ainda conforme detalhou a delegada, as câmeras eram posicionadas intencionalmente para filmarem as mulheres em suas partes íntimas.

O comerciante foi detido durante a operação de segunda-feira e levado para a DEAM, onde prestou depoimento e foi liberado por não haver situação de flagrante. Em sua versão, confessou que instalou as câmeras para gravar as mulheres, especialmente a sua cunhada, aliás, comprou os equipamentos em 2020 exatamente para filmar ela no banheiro de sua casa, porém, há cerca de um mês as câmeras já não estavam mais ligadas. Ainda na sua versão, sem querer acabou filmando o filho da cunhada, de 15 anos, tomando banho. O homem negou ter compartilhado as cenas na internet ou vender para terceiros. Para a delegada, o sujeito afirmou estar arrependido do ato e justificou que o fez como sendo uma ‘arte de criança’.

O caso ainda está sendo investigado.

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