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Como reconhecer os sintomas do ‘vírus’ do amor em seu corpo

16/02/2015 17h00

Como reconhecer os sintomas do ‘vírus’ do amor em seu corpo

BBC Brasil

Apaixonar-se é uma questão de química. Literalmente.
Engloba uma série de reações corporais que cientistas acreditam terem sido desenvolvidas para garantir a sobrevivência de nossa espécie.

De forma parecida com a de uma doença, os sintomas físicos são claramente identificáveis: mãos suadas, perda de apetite, face enrubescida e batimento cardíaco acelerado.
O amor também tem estágios diferenciados, cada um ditado por uma série de substâncias químicas que detonam diferentes reações físicas.

Há a fase da luxúria, um desejo sexual básico, que pode progredir e se transformar em um “apego” mais comum em longos relacionamentos.
Porém, um fato interessante é que, segundo cientistas, os estágios não precisam ocorrer necessariamente nessa ordem.

“Você pode sentir uma forte ligação com algum colega de escritório ou em seu círculo social e aí, meses ou mesmo anos depois, as coisas mudam. De repente, você se apaixona por ele ou ela”, explicou à BBC a pesquisadora Helen Fisher, da Rutgers University, em Nova Jersey (Estados Unidos).

Em cada um desses estágios, cientistas identificaram grupos de substâncias químicas atuando. Eles são:

Estágio 1: Luxúria

A luxúria é “alimentada” por dois hormônios: a testosterona e o estrogênio.
A testosterona, ao contrário do que se pensa, não é restrita aos homens. Ela também tem um papel de destaque no desejo sexual feminino.

Estágio 2: Atração

É neste estágio que as pessoas apaixonadas não pensam em outra coisa. Elas podem até perder o apetite e dormir menos, preferindo passar horas sonhando acordadas com seu novo interesse amoroso.
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Isso é “culpa” de um grupo de enzimas neuro-transmissoras chamadas monoaminas. Mais precisamente de três delas:

Dopamina: Também ativada pela cocaína e pela nicotina, causa sensação de euforia.
Norepinefrina: Conhecida também como adrenalina. Faz com que suemos e acelera os batimentos cardíacos.

Serotonina: Uma das mais importantes substâncias da “química do amor”, e que pode fazer com que fiquemos temporariamente insanos.

Estágio 3: ‘Apego’

Este é o estágio que se instala após a atração, se um relacionamento durar. Se a atração durasse para sempre, nada mais que bebês seriam feitos num relacionamento.

O ‘apego’ é um compromisso mais longo e este laço é que mantém os casais juntos.

Neste estágio, cientistas acreditam que dois hormônios liberados pelo sistema nervoso têm papel na formação de laços.

Vasopressina: Outra importante substância química nos compromissos de longo termo. Pesquisas com ratos do deserto sugerem que a supressão de vasopressina em machos faz com que a ligação entre parceiros deteriore imediatamente, com a perda de devoção e a falha em proteger a parceira de novos pretendentes.

Oxitocina: Produzida pelo hipotálamo, uma glândula cerebral, e liberada tanto por homens e mulheres durante o orgasmo, a oxitocina ajuda a fortalecer ligações entre casais, segundo cientistas. A teoria é simples: quanto mais um casal fizer sexo, mais forte o elo entre eles fica.

Pesquisadores afirmam que o amor tem comportamento parecido com o de uma doença

Os diferentes estágios do amor não precisam ocorrer na mesma ordem

A surpressão do hormônio vasopressina nos ratos do deserto deteriora ligação entre parceiros

Ao contrário do que se pensa, a testosterona também é um hormônio fundamental para o desejo feminino

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