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domingo, 9 de março, 2025
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Conmebol pune Cerro Porteño por atos racistas na Libertadores Sub-20

Entidade também determinou que próximos jogos seja com portões fechados

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou na manhã deste domingo (9) as punições aplicadas ao Cerro Porteño devido a atos racistas cometidos por torcedores do clube contra os jogadores Figueiredo e Luighi, do Palmeiras, durante partida da Libertadores Sub-20.

A entidade determinou que o clube pague uma multa de 50 mil dólares (R$ 289 mil). Além disso, os próximos jogos do time na competição terão que ser com portões fechados. Portanto, sem torcedores. A Conmebol também exigiu que o Cerro publique nas redes sociais uma campanha de conscientização contra o racismo durante a Libertadores Sub-20. Porém, o clube pode entrar com recurso. O conteúdo da campanha precisará ser aprovado previamente pela Gerência de Comunicações da Conmebol.

Outra sanção imposta é a proibição da presença de torcedores do Cerro Porteño nos jogos da equipe na Libertadores Sub-20 de 2025. Apenas jogadores, comissão técnica, equipe médica, funcionários e diretores terão acesso aos estádios durante as partidas do clube na competição.

A Conmebol ainda advertiu expressamente o Cerro Porteño que, em caso de reincidência, punições mais severas poderão ser aplicadas, conforme o artigo 27 do Código Disciplinar da entidade.

Entenda o caso

Os atos racistas ocorreram durante a vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño por 3 a 0, aos 36 minutos do segundo tempo. Na ocasião, Figueiredo foi alvo de um torcedor que imitou um macaco ao jogador brasileiro durante sua saída de campo após ser substituído. Outro atleta do Palmeiras, Luighi, também foi chamado de macaco por torcedores.

Figueiredo chegou a alertar a arbitragem sobre o episódio, mas o árbitro peruano Augusto Menendez ignorou a denúncia e permitiu que a partida seguisse normalmente.

Possibilidade de recurso

O Cerro Porteño tem o direito de recorrer da decisão perante a Comissão de Apelações da Conmebol no prazo de sete dias a partir da notificação oficial. Para protocolar o recurso, o clube deverá cumprir as formalidades exigidas pelo Código Disciplinar e realizar o pagamento de uma taxa de 3 mil dólares (cerca de R$ 17,4 mil).

A decisão da Conmebol reforça seu compromisso com o combate ao racismo no futebol sul-americano e busca estabelecer um precedente para evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer nos gramados do continente.

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