Mato Grosso do Sul chega em setembro com 16 casos suspeitos de coqueluche, uma infecção respiratória altamente contagiosa caracterizada por crises de tosse seca e persistente, que podem se estender para a traqueia e os brônquios. Em agosto, a Secretaria do Estado de Saúde (SES) confirmou o primeiro caso positivo do ano, que é de uma paciente de um ano e residente em Coxim.
Para as autoridades de saúde locais, a doença está controlada. Em 2023, foram 34 casos investigados no Estado, dos quais apenas cinco se confirmaram, sendo dois em Água Clara e uma em Corumbá, Inocência e Sidrolândia. No ano de 2022, foram 21 suspeitas, porém, nenhuma confirmação. Em Campo Grande, o último caso confirmado da doença foi em 2020. No Brasil, o último pico epidêmico aconteceu em 2014, com 8.614 casos positivos.
A medicina explica que crianças menores de seis meses são particularmente vulneráveis a complicações graves, como infecções de ouvido, pneumonia, e até mesmo óbito, caso não recebam tratamento adequado. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com gotículas respiratórias de pessoas infectadas, seja por tosse, espirro ou fala.
Para combater a coqueluche, a vacinação é a principal medida preventiva. As crianças devem receber três doses da vacina, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Adultos também podem precisar de reforços, pois a imunidade da vacina pode diminuir ao longo do tempo.
Os sintomas podem variar de leves a graves, começando com sinais semelhantes a um resfriado, como mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. À medida que a doença progride, a tosse pode se tornar severa e comprometer a respiração, levando a vômitos e cansaço extremo.
O tratamento envolve o uso de antibióticos para eliminar a bactéria e cuidados para aliviar os sintomas. Em casos graves, especialmente em crianças, pode ser necessária hospitalização para monitoramento e tratamento intensivo. No mês de julho, o estado de São Paulo registrou 192 casos da doença.