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sábado, 26 de abril, 2025
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Crédito do Trabalhador: renegociação de dívidas já pode ser feita online nos bancos

O Crédito do Trabalhador entrou em uma nova fase na última sexta-feira (25), trazendo uma oportunidade para quem busca reduzir o peso das dívidas. Agora, trabalhadores com empréstimos consignados ou Crédito Direto ao Consumidor (CDC) podem migrar suas dívidas para o programa, obtendo taxas de juros mais baixas. A operação já está disponível em 70 instituições financeiras habilitadas, que podem oferecer a troca diretamente em seus canais eletrônicos. No momento, a migração ainda não pode ser feita pela Carteira de Trabalho Digital e deve ser realizada diretamente com o banco onde o empréstimo foi contratado.

Desde o lançamento do programa até a última quinta-feira (24), já foram liberados R$ 8,2 bilhões em empréstimos consignados privados, resultando em 1.510.542 contratos e beneficiando cerca de 1.478.711 trabalhadores. O valor médio de cada contrato é de R$ 5.491,66, parcelado em média em 16 vezes, com prestação mensal de aproximadamente R$ 335,51. Os estados com maior volume de contratações são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

A expectativa do governo é que uma parte significativa dos R$ 120 bilhões em empréstimos consignados e CDCs em circulação migre para o Crédito do Trabalhador, proporcionando condições mais vantajosas para o bolso dos brasileiros. “O CDC, hoje, tem uma taxa de juros muito alta, em torno de 7% a 8%, e o trabalhador poderá, nesta troca, renegociar sua dívida com juros inferiores à metade desse valor. Com isso, o trabalhador terá um alívio financeiro no seu salário e reduzirá seu endividamento”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Para fazer a troca, o trabalhador contrata um novo empréstimo consignado pelo Crédito do Trabalhador para quitar o débito anterior. Se ainda tiver margem consignável, pode também solicitar crédito adicional. A redução obrigatória dos juros para a troca é válida por 120 dias, até 21 de julho, conforme a Medida Provisória que regulamenta a iniciativa.

Outra novidade é a antecipação da possibilidade de portabilidade de crédito, prevista para o início do próximo mês. Com isso, o trabalhador poderá transferir sua dívida para outra instituição que ofereça taxas ainda mais competitivas. “Essa medida beneficia o trabalhador, pois a instituição financeira poderá perder o empréstimo do CDC para outro banco caso não ofereça condições melhores”, explicou o ministro.

Todo o processo de renegociação é administrado pela Dataprev, enquanto o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realiza o monitoramento diário das taxas de juros e do perfil dos tomadores de crédito.

Além dos consignados e CDCs, trabalhadores poderão ainda utilizar o Crédito do Trabalhador para quitar dívidas de cartão de crédito e cheque especial — modalidades conhecidas por seus altos juros. Contudo, para aqueles que estão negativados, será necessário renegociar a dívida antes de contratar o novo empréstimo, com o objetivo de evitar o agravamento do endividamento.

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