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Crise afeta setor do couro e corte atinge 300 vagas no ano

12/07/2015 10h30

Crise afeta setor do couro e corte atinge 300 vagas no ano

O fechamento de frigoríficos é apenas parte da crise que afeta o mercado de pecuária bovina de Mato Grosso do Sul, setor que responde pela segunda maior cifra do País em se tratando de valor bruto da produção (VBP). A redução significativa da atividade frigorífica afeta outro segmento industrial: o de processamento de couro bovino. Os curtumes do Estado cortaram a produção em 66% e passaram a importar um terço do volume total de couro. Esse cenário contribuiu para a piora das estatísticas do mercado de trabalho: apenas em Campo Grande, o segmento de couro demitiu aproximadamente 300 trabalhadores, neste ano.

“Produzíamos 3 mil couros por dia. Agora, a nossa produção caiu para mil. Além disso, estamos importando cerca de 500 couros diariamente”, afirmou Roberto Berger, empresário do setor. Segundo Berger, que é proprietário de um curtume em Campo Grande, importação de couro é algo inédito no mercado sul-mato-grossense. “É a primeira vez que estamos trazendo couro de outros estados”, enfatizou. “O setor está bastante complicado”, acrescenta.

A redução acentuada da oferta pode pressionar ainda mais os números modestos das vendas externas. De janeiro a maio de 2015, Mato Grosso do Sul exportou 14,947 mil toneladas de couros e peles de bovinos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A variação é de -34,14% em relação às 22,695 mil toneladas embarcadas em iguais meses de 2014. A retração em receita foi no mesmo patamar: passou de US$ 80,291 milhões em 2014 para US$ 52,785 milhões neste ano, decréscimo de 34,25%.

Fonte/JN Correio do Estado

Curtumes do Estado também sentem efeitos da crise e reduzem pessoal, além de diminuir a produção de peles 
(Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado)

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