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sábado, 21 de dezembro, 2024
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Dançar, um remédio para a saúde mental que transforma vidas para sempre

É no embalo da dança que os problemas vão ficando em segundo plano. Nos passos que vão para lá e depois para cá, a cabeça atormentada de pensamentos negativos e preocupações vai ficando mais leve e ‘despressionada’. Enquanto os ouvidos engolem a canção e os braços são tomados por outros em um ritmo contagiante, o sorriso se faz presente e o semblante, antes cabisbaixo, se transforma e a vida atinge a felicidade plena novamente.

A dança é o melhor remédio para quem sofre com doenças mentais, é o que garante o professor Ivan Sousa, que há 20 anos ensina passos de todos os ritmos, indo do mais clássico, como a valsa para o baile de 15 anos, até os mais populares, como o forró, zumba e o samba.

Nesta caminhada, ele conta que já viu muitas vidas se transformarem dentro de sua academia, pessoas que antes sofriam de depressão, crises de ansiedade e até mesmo a síndrome de Burnout passaram a ter uma qualidade de vida melhor depois que começaram a dançar.

Dançar, um remédio para a saúde mental que transforma vidas para sempre
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

“Muitos alunos chegam nervosos, sobrecarregados e até mesmo desmotivados, pois já tentaram outras alternativas para tratar a saúde mental e não conseguiram. A dança é uma alternativa viável, não dispõe de equipamentos ou uniformes, basta uma roupa simples, um aparelho de som e o companheiro para praticar”, detalha o professor de dança.

Ivan Sousa frisa que a dança é muito democrática, além disso, quando praticada de forma regular, muda a vida de qualquer pessoa. “Você está cheio de boletos para pagar, repleto de compromissos, tarefas diárias e sobrecarregado, depois que entra na sala e começa a dançar acaba se desconectando do mundo, até mesmo o celular é deixado de lado. A dança leva para outro planeta, onde você se desliga de tudo e relaxa”.

Dançar libera hormônios da felicidade, como a dopamina, serotonina, endorfina e a ocitocina. Esse quarteto da felicidade proporciona a sensação da conquista, satisfação e o bem-estar, fazendo você ter mais disposição, energia e foco nas atividades corriqueiras do dia a dia. “Passa a ter mais segurança e também aumenta a sua autoimagem e autoconfiança. Melhora o humor, redução do estresse e até a timidez”, disse.

O professor conta um caso de sucesso recente em sua academia. O aluno ficou viúvo e a sua saúde mental foi abalada. “Ele foi em um baile e, na hora de chamar alguém para dançar, fico envergonhado, mesmo sabendo os passos. Estava sem confiança. Depois que começou a praticar, sua vida mudou e isso foi notado até pela filha, que revelou nunca ter visto o pai com o brilho no olhar e tão feliz como agora”.

O próprio Ivan Sousa já teve a vida transformada pela dança. Segundo contou, antes de abrir a academia, em 2004, trabalhava como gerente de uma multinacional e cumpria o expediente diário em um aeroporto, sofrendo com a pressão constante de atingir metas e atender clientes e funcionários. “Eu tinha muita dificuldade para dormir, depois da dança isso acabou, agora digo que o meu sono é igual ao de uma criança, muito tranquilo”.

Aproveitando o ‘Setembro Amarelo’, campanha dedicada à prevenção ao suicídio e também aos cuidados com a saúde mental, o professor Ivan Sousa fez um convite para todos os leitores do Enfoque MS: “Não deixem o cansaço mental e emocional controlar suas vidas. Dê o primeiro passo rumo ao equilíbrio, ao bem-estar e a saúde. Se precisar de ajuda, entre em contato e dance com o Ivan”, finaliza. Para mais informações, acesse o site ou o Instagram: https://www.instagram.com/dancecomivan_.

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