Neste fim de semana tem Sarau no Parque em dose dupla. É o festival que promove uma dobradinha cultural com uma edição no sábado (17) e outra no domingo (18), no Parque das Nações Indígenas, das 16h às 20h. A entrada é franca.
Serão dois dias de muita música, teatro, dança, literatura, cinema, gastronomia e brincadeiras para as crianças e muito mais. E para fechar as 25 edições do projeto neste ano está sendo preparada uma ação ambiental: a criação do primeiro pomar urbano de guavira do Brasil.
Pomar de guavira
O plantio será realizado no domingo (18), às 15h, em uma área próxima ao Parque do Prosa. Ao todo, serão 50 mudas de guavira – fruto símbolo do Mato Grosso do Sul. O pomar também irá receber outras espécies como jequitibá, ipê, castanheira, jacarandá, urucum, tarumã, etc.
“Com este plantio, o sarau totaliza o plantio de 101 mudas. A primeira leva foi plantada no Bosque Camburé, no bairro União, e a outra foi plantada no distrito de Anhanduí. A ideia do Sarau é justamente promover a cultura e a cidadania de forma simultânea e sensibilizando o público para temas que extrapolam a arte”, explica o secretário de Estado de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero.
A iniciativa é fruto de uma parceria do Governo do Estado, por meio da Secic e Agraer – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, com a BR Gardens – empresa graduada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) através da Agência de Inovação e Empreendedorismo (S-Inova).
“O Sarau no Parque reúne pessoas de todas as idades, daí a ideia de promover essa ação dentro do evento. E o plantio é uma maneira de preservar espécie e resgatar a tradição da colheita da fruta em nosso MS, que com o aumento de pastagens e da agricultura perdeu-se um pouco do espaço”, destacou a bióloga e organizadora do plantio, Ariadne Gonçalves.
Cultura no Parque
Já no quesito atividades culturais, confira os artistas que subirão no palco do sarau; são eles: Xandão do Cavaco (Samba); Bia Blanc; Toni Jazz; Higor Rinaldi; Coral Vozes da Periferia; Ivan Cruz; Angela Colognesi; Jeanderson Pereira; Junior Lopes; Grupo Anastadance e CPS Hip Hop. Já nos estandes, haverá muita arte com os trabalhos de Maria Marta (Espaço Brincantes) Fábio Godin; Kossi Ezou; Joni Lima; Poppy Hoogesteijn Carpio; Uderson Silva
E, no domingo (18), a animação no palco do evento fica por conta de João Paulo Pompeo, Eros e Lorenzo, Bella Dona Trio, Tempero do Samba; Banda a Insana Corte; Cidinha Pádua; Bando Mestre Jacobina; Banda Lá Saturno; Afro Queer; Felipe Queiroz e Juliano Varela, com a capoeira inclusiva. Enquanto que a economia criativa marca presença nas exposições artísticas e atividades de Ramona Rodrigues; Lucas Cabral; Ivanilda Scalabrini; Adriana Alberti e Patrícia Maecawa. Além de um espaço dedicado, exclusivamente, para a exposição coletiva de todas as obras pintadas, ao vivo, por artistas visuais que participaram das edições anteriores do Sarau”
“É como aquela música do Milton Nascimento que diz ‘nos bailes da vida, o artista tem que ir aonde o povo esta’, razão que me motivou a querer fazer parte do sarau que leva arte à população da Capital”, define o cantor João Paulo Pompeo quanto a sua participação, no domingo (18). Ele que, também, traz um repertório musical regado por memórias afetivas. “No dia 16 de dezembro, completa seis meses do falecimento da minha mãe, Delinha, e no repertório vou incluir músicas dos meus pais, Délio e Delinha, como forma de celebrar e destacar o legado deles na cultura de MS”.
Para o cantor Ivan Cruz que já foi ao sarau mais de uma vez, agora, chegou a vez de subir ao palco. “Acho uma iniciativa muito bacana, já fui curtir o Sarau no Parque em outras edições e é um evento muito legal, principalmente, porque promoveu a descentralização da cultura indo aos bairros. Sem dúvida, é uma política pública que é muito bem-vinda. Espero que tenha continuidade no próximo ano e que tenha edições no interior do MS”, pontua.
Ao todo, o Sarau no Parque fechará o ano de 2022 com mais de 500 artistas dentro da sua grade de programação. Isso porque o evento é democrático e abriu espaço aos artistas dos bairros para que se apresentassem sempre que houvesse vontade. Outro número expressivo é a participação de profissionais, nos estandes, dos mais variados segmentos da economia criativa. A estimativa é de que o sarau tenha contribuído com a geração de renda de cerca de 2 mil pessoas.
“Dentro dos estandes, os artistas selecionados tiveram a liberdade de partilhar o seu espaço, ou seja, convidar parceiros para expor. Neste caso, são trabalhadores que não receberam cachê, mas, que, em contrapartida, estiveram no local para expor e comercializar o seus produtos ”, explica o secretário da Secic, Eduardo Romero
Vida Nova, Moreninhas, Aero Rancho, União, Caiobá, Paulo Coelho Machado, Comunidade Tia Eva e distrito de Anhanduí. O Sarau no Parque fecha o ano percorrendo Campo Grande de ponta a ponta e, com a adesão de artistas de diversas cidades do Estado.